Clara de Sousa, vencedora da eleição Sexy20 do jornal <i>Correio da Manhã</i>, entregou, na última quarta-feira, o prémio de 5 mil euros a duas instituições de solidariedade. Pelo segundo ano consecutivo, a jornalista foi a vencedora de uma eleição levada a cabo pelo jornal diário para eleger a mulher e o homem mais sexy de Portugal.<br/><br/>A jornalista foi galardoada com um cheque-viagem no valor de 5 mil euros, valor que preferiu ver transformado em dinheiro para ser entregue à Liga dos Deficientes Motores e à Casa da Criança de Tires. «Para dar algum sentido a este prémio, transformei o cheque-viagem num cheque de 5 mil euros. Pedi ajuda à <i>SIC Esperança</i> e encontrei duas instituições a quem dar este dinheiro», afirmou a jornalista, durante a entrega dos galardões. <br/><br/>«A grande parte deste dinheiro, 3500 euros, vai para a Casa da criança de Tires onde estão 12 crianças, filhos de reclusas, que não podem estar com as mães nas celas», explicou. <br/><br/><a href= http://www.modaesocial.iol.pt/consola.php?tipo=1&art_id=992152&pagina=1&mul_id=12192769 target=_blank><big><b>Veja aqui as fotos da festa</big></b></a><br/><br/>Sobre o prémio da mais sexy de Portugal, Clara de Sousa tem uma opinião clara: «É como um fato muito apertado, que não me deixa confortável». A jornalista mostrou-se pouco à vontade com a distinção, que acontece pelo segundo ano consecutivo. «Sou jornalista, e entre os jornalistas, o conceito de sexy é algo que podemos dispensar. Respeito a votação do público e por isso estou aqui. Não podemos desprezar o público», afirmou ao <i>Moda e Social</i>.<br/><br/>Durante o seu discurso, aquando da entrega do galardão, Clara de Sousa reafirmou a sua posição. «Nunca me viram em capas de revista masculinas ou saltar à corda em lingerie. O conceito de sexy é desconfortável para uma jornalista. Para mim, este prémio é uma graça não é um ímpeto nem uma marca de qualidade», garantiu. <br/><br/>José Castelo Branco, uma das muitas figuras conhecidas que compareceu na festa de fim de Verão do <i>Correio da Manhã</i>, partilha da mesma opinião. «O público é soberano. Mas uma jornalista não deve ser conectada com sexo», afirmou. Questionado pelo <i>Moda e Social</i> sobre em quem votaria, o «Conde» escolheu a manequim Erika Oliveira, que garantiu ao terceiro lugar na votação do público. Porém, no que toca à votação masculina, José Castelo Branco mostrou-se satisfeito com a eleição de Nuno Gomes. «O Nuno Gomes é macho», afirmou José Castelo Branco acompanhado pela mulher, Betty Grafstein.<br/><br/><b>Prémios sem dono</b><br/><br/>A cerimónia de prémios ficou marcada pelas ausências de muitos dos vencedores. Das 20 personalidades distinguidas, apenas duas compareceram para receberem o prémio devido. <br/><br/>Para além de Clara de Sousa, apenas a manequim Erika Oliveira subiu ao palco para receber o galardão por constar na lista das 10 mulheres mais votadas pelos leitores. No entanto, a modelo subiu ao palco mas não falou aos presentes, limitando-se a receber o galardão das mãos de Pedro Araújo e Sá. <br/><br/>Dos restantes prémios, dois deles foram «resgatados» por «mandatários» dos vencedores. O prémio de Mikael Carreira foi entregue a Vasco Correia. «Agradeço a todos em nome do Mikael, que não pôde estar presente por motivos profissionais. Está em digressão pelos Estados Unidos». <br/><br/>Pedro Passos Coelho, o primeiro político a constar na votação do <i>Correio da Manhã</i>, também não compareceu na cerimónia. Afonso Neves subiu então ao palco para «resgatar» o galardão do ex-candidato à presidência do PSD. «Muito obrigado em nome de Passos Coelho. Este prémio será entregue à Associação Ajuda de mãe», informou. <br/><br/> Vários foram os prémios que ficaram em cima da mesa sem que ninguém os reclamasse. «As pessoas têm algum pejo em receber prémios quando não são os vencedores», justificou Octávio Ribeiro, director do matutino, no início da cerimónia. <br/><br/><i>Ana Rita Cantarinha</i>