Coréon Dú foi um dos 128 expositores presentes na 8.ª edição do festival internacional de design Ventura Lambrate, que decorreu na Semana de Design de Milão, em Itália.

“Fiquei muito contente por ter sido aprovado pela equipa de curadores do Ventura Lambrate para estar neste grande evento. Significa que o meu trabalho começa a demonstrar um nível de qualidade que os outros profissionais do ramo criativo conseguem identificar e que eles querem conhecer melhor”, confessa o artista angolano.

No espaço de Coréon Dú, foi possível ver uma seleção de criações artísticas multidisciplinares feitas a partir de objetos de design produzidos para a exposição “The WeDú Experience Bubble Jazz & Afropunk Fantasies” e também as peças da nova coleção de roupa WeDú by Coréon Dú.

“As minhas obras foram uma mistura dos meus traumas de infância e fantasias enquanto adulto. Considero-me uma pessoa otimista. O artista é feito das suas experiências, desde as mais remotas às mais atuais. Como diz o ditado popular, ‘recordar é viver’. Temos de saber usar as nossas recordações, não para ficarmos parados no tempo, mas sim para nos catapultarmos para o nosso futuro”, explica.

Uma forma também de mostrar ao mundo a cultura angolana.

“Sou apenas autêntico e verdadeiro nas ideias que quero desenvolver como criativo. O facto de ser angolano e não sermos muitos pelo mundo, acaba por chamar alguma atenção para a cultura do país que me viu nascer. Por vezes, não nos damos conta que o mundo é tão grande e que, mesmo no contexto africano, os angolanos e os PALOP (Países Africano de Língua Oficial Portuguesa), constituem uma minoria”, justifica.