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Redação Lux em 9 de Agosto de 2016 às 10:49
O que são as manchas roxas nas costas de Michael Phelps?
1/5 - Michael Phelps nos Jogos Olímpicos Rio2016 Foto: Reuters
2/5 - Michael Phelps nos Jogos Olímpicos Rio2016 Foto: Reuters
3/5 - Michael Phelps nos Jogos Olímpicos Rio2016 Foto: Reuters
4/5 - Michael Phelps nos Jogos Olímpicos Rio2016 Foto: Reuters
5/5 - Michael Phelps nos Jogos Olímpicos Rio2016 Foto: Reuters

Michael Phelps conquistou mais um título olímpico nos 4x100 metros livres no Rio2016 mas tornou-se também notícia pelas manchas roxas que exibia nos ombros e costas, que causaram estranheza entre os fãs. 

As fotografias  que mostram as manchas redondas nas costas do o atleta olímpico mais medalhado de sempre estão a correr mundo e já se tornaram virais nas redes sociais. Sabe a que se devem?

Michael Phelps recorre a uma terapia Medicina Tradicional Chinesa (MTC) que usa a de técnica Cupping, um tratamento com ventosas que consiste na aplicação de sucção na pele, através de calor ou pressão de ar.

Este tratamento serve para acelerar a sua recuperação e é utilizado para “combater a estagnação sanguínea e para promover a livre circulação da energia, tendo especial eficácia no alívio de dores”, explica Hélder flor, especialista português em medicina tradicional chinesa.

“As ventosas são mais eficazes do que uma massagem já que estimulam muito mais a circulação. Costumo dizer que para conseguir ter o mesmo efeito das ventosas, teria que estar a massajar aquela zona durante duas ou três horas. Além disso, o cupping puxa os músculos para cima o que provoca o estiramento muscular, sendo extremamente eficaz na recuperação de lesões como tendinites, dor ciática ou contraturas musculares. O efeito de sucção na pele faz com que o ar quente dentro dos copos tenha uma densidade mais baixa e à medida que arrefece junto à pele, diminua a tensão no local”, evidencia o terapeuta.

 

No caso dos nadadores olímpicos, esta técnica pode contribuir para: “Uma recuperação muito mais rápida de prova para prova, ou para a rápida recuperação de lesões.” esclarece ainda Hélder Flor.

Quanto às marcas da pele e às suas cores o terapeuta acrescenta: “Enquanto está aquela marca na pele é sinal de que o tratamento está a atuar. Quanto mais escura ficar, mais tenso estará o músculo ou com maior inflamação está a zona. As marcas podem ficar visíveis durante cerca de uma semana, salvo nalguns casos de maior tensão.”

O especialista explica-nos ainda como é feito o Cupping: “Dependendo do tipo de ventosas utilizadas, as mais modernas (em plástico) tem um gênero de pistola que se usa para retirar o oxigénio das ventosas. Mas também podem ser de vidro ou de bambu. No caso das duas últimas, a aplicação no corpo é feita com uma fonte de calor, colocando-se rapidamente a ventosa na pele que pode ficar imóvel na zona ou, nalguns casos, ser movida pelo terapeuta. Normalmente, são colocadas cerca de 5 a 10 minutos, consoante o tipo de pele, sendo que o paciente sente apenas uma sensação de calor na região de tratamento.”

Quanto às alegações da Federação Russa sobre a prática, Hélder Flor contrapõe: “As ventosas não são doping, mas sim uma forma de aproveitar as defesas que o nosso organismo tem para tratar a zona que está a precisar. No fundo o organismo vê a ventosa como uma agressão e vai enviar para esse “local” uma série de substâncias (analgésicas e anti-inflamatórias) que vão tratar o problema. É uma reacção normal do nosso organismo e pode ser bastante benéfica quando bem utilizada.”

 

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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