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Saúde: Cancro da mama não impede mulheres de serem mães
Associação Portuguesa de Fertilidade
Redação Lux em 13 de Novembro de 2016 às 15:29

O cancro da mama é, por norma, pouco comum em mulheres em idade jovem, sendo a grande maioria dos casos - cerca de 80% - diagnosticado em mulheres com idade superior a 50 anos. No entanto, quando diagnosticado em mulheres jovens, pode implicar algumas escolhas e decisões, lembra a Associação Portuguesa de Fertilidade (APFertilidade).

Ter cancro da mama não é sinónimo de infertilidade. São o tipo e estádio do tumor, a idade da doente e o tratamento oncológico utilizado que afetam a fertilidade feminina. O tratamento com recurso a cirurgia ou radioterapia não tem, geralmente, impacto na fertilidade. No entanto, a quimioterapia e algumas terapêuticas hormonais podem estimular a menopausa precoce e, como consequência, provocar infertilidade temporária ou permanente, nos casos mais graves.

“Todas as mulheres que tenham de sujeitar-se a estes tratamentos devem, antecipadamente, falar com o seu oncologista sobre os procedimentos a tomar antes do início dos tratamentos”, alerta Cláudia Vasconcelos Vieira, presidente da APFertilidade. 

 

E acrescenta: “Atualmente existem várias opções de preservação de óvulos, que permitem assegurar a fertilidade independentemente do tratamento oncológico e, ao mesmo tempo, sem comprometê-lo. É possível à mulher ser mãe depois de um cancro da mama, basta que, atempadamente, em conjunto com o médico especialista, seja definido qual a melhor forma de preservação da fertilidade para cada caso específico”.

O congelamento de embriões é a técnica mais utilizada na maioria dos casos de cancro da mama. Os óvulos obtidos através de estímulo ovárico são fertilizados em laboratório e os embriões daí resultantes são, depois, congelados. A fertilização in vitro continua a ser a representar a maior taxa de sucesso entre as técnicas de reprodução assistida. A vitrificação segue exatamente a mesma preparação utilizada no congelamento de embriões até a captação de óvulos, mas estes são criopreservados e não fertilizados. Os óvulos podem ser obtidos tanto pela estimulação hormonal como pela maturação in vitro. Uma das grandes vantagens do congelamento de óvulos é não estar dependente de um parceiro.

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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