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Saúde: Muitos portugueses não sabem a quem recorrer quando têm dores nas costas
Miranda Kerr Foto: DR
Redação Lux em 22 de Outubro de 2016 às 12:51

Em cada 10 portugueses, 7 sofrem de dores nas costas mas são poucos os que sabem como tratar este problema e a que especialidade médica devem recorrer para o fazer. O alerta é da campanha Olhe Pelas Suas Costas que, no âmbito do Dia Mundial da Coluna, que se celebrou no passado dia 16, pretende informar a população sobre como agir em caso de dor nas costas.

De acordo com o neurocirurgião e coordenador nacional da campanha Olhe Pelas Suas Costas, Paulo Pereira, “o número de pessoas que sofre de dores nas costas em Portugal é muito elevado e não devemos desvalorizar estas queixas. Mais preocupante ainda, para a comunidade médica, é o facto de a população não saber o que deve fazer e quem deve consultar quando esta situação se torna persistente e aguda”.

E acrescenta: “As pessoas tendem a subvalorizar as dores e outros sintomas, deixando a situação agravar e prolongar-se no tempo. É preciso mudar esta realidade, informando-as de que há tratamentos capazes de diminuir, ou mesmo eliminar, as queixas. Mas para isso, primeiro que tudo, devem saber a quem recorrer para os ajudar”.

Os principais sintomas que exigem um aconselhamento clínico são: dor intensa ou que dura há mais de três semanas, dor que se estende aos membros superiores ou inferiores, dormência ou perda de força nos braços ou pernas e dor que se agrava com repouso ou surge durante a noite.

“Quando as dores passam a ser fortes e/ou persistentes, deve ser marcada uma consulta com o médico assistente, que avaliará clinicamente o doente e decidirá sobre a necessidade de realizar exames complementares de diagnóstico, orientando assim o tratamento. Dependendo da gravidade do quadro clínico e da evolução com o tratamento, poderá também referenciar o doente para uma consulta de neurocirurgia ou ortopedia, no sentido de avaliar a necessidade de uma intervenção cirúrgica”, explica Paulo Pereira.

“Existem vários tipos de tratamento, que podem ir desde mudança de hábitos de vida, medicação, fisioterapia/reabilitação ou outras modalidades. Para os casos mais graves, em que a cirurgia está indicada, esta deve ser realizada por um cirurgião com experiência neste tipo de intervenções. Neste contexto, a probabilidade de melhorar de forma significativa a qualidade de vida do doente é, em regra, muito superior à de conduzir a um mau resultado. Pelo que, o medo da cirurgia não deve ser motivo para não ir ao médico. Para além da cirurgia convencional, em muitas situações é possível optar por técnicas minimamente invasivas ou mesmo por tratamentos realizados em ambulatório, sem necessidade de cirurgia”, conclui o neurocirurgião.

As doenças que afetam a coluna vertebral são a principal causa de incapacidade física a nível mundial. Um estudo, realizado no âmbito desta campanha, indica que 28,4 por cento dos portugueses sentem que a sua atividade profissional já foi prejudicada ou comprometida, de alguma forma, pelo facto de terem dores nas costas e mais de 400 mil portugueses faltam ao trabalho, por ano, por este motivo.

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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