Depois de oito anos a fazer tratamentos de fertilidade, Raquel Prates decidiu que estava na hora de falar publicamente sobre o assunto e de “alertar consciências” sobre um problema comum a tantas mulheres.
Foi durante uma entrevista à plataforma Maria Capaz que abriu o coração e expôs a sua luta para ser mãe. À Lux, a galerista, de 38 anos, explica que achou que tinha chegado a oportunidade certa para “mudar mentalidades”. “As mulheres falam em sussurro sobre estas questões e achei que era preciso abrir as consciências. Há oito anos, comecei a fazer tratamentos de fertilidade. Estou numa pausa, porque os tratamentos acabam por criar muita ansiedade e a ansiedade não ajuda os tratamentos. Ao longo destes anos, houve pausas entre tratamentos e essas pausas foram importantes para mim. Existe muita pressão a todos os níveis e, no meu caso, também uma pressão mediática. Claro que emocionalmente é doloroso, mas é como outras situações na nossa vida. Há dias bons e outros menos bons. Mas este ano vou voltar a tentar e vou fazer mais um tratamento”, confidencia.
Raquel Prates revela que “os tratamentos são muito caros”, mas recusa falar sobre valores por eles diferirem de clínica para clínica. A galerista, que tem feito os tratamentos em Lisboa, desvaloriza a hipótese de nunca conseguir engravidar.
“Não é dramático. Não sou menos mulher por não ser mãe. Existe o que está instituído e a realidade. E nós ponderamos também a adoção. O tempo dirá se isso acontecerá ou não. Não quero programar”, revela.
Casada há dez anos com João Murillo, de 46, Raquel afirma que o marido tem sido um grande apoio: “Este percurso só veio fortalecer a nossa relação”.