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Evelise Moutinho em 28 de Outubro de 2016 às 17:14
Ex-namorado de Bárbara Guimarães revela que teme pela vida: “Serás capado, não escaparás"
1/4 - Kiki Neves - Julgamento Bárbara Guimarães Vs Manuel Maria Carilho 04.10.16 Foto: Tiago Frazão/Lux
2/4 - Kiki Neves - Julgamento Bárbara Guimarães Vs Manuel Maria Carilho 04.10.16 Foto: Tiago Frazão/Lux
3/4 - Kiki Neves - Julgamento Bárbara Guimarães Vs Manuel Maria Carilho 04.10.16 Foto: Tiago Frazão/Lux
4/4 - Kiki Neves - Julgamento Bárbara Guimarães Vs Manuel Maria Carilho 04.10.16 Foto: Tiago Frazão/Lux

Bárbara Guimarães e Manuel Maria Carrilho voltaram a encontrar-se em tribunal, mas agora para ouvir o depoimento de Ernesto Neves, mais conhecido por Kiki Neves, ex-namorado da apresentadora da SIC, que acusa o antigo ministro da Cultura de ameaças contra a sua integridade física.

A juíza quis ouvir o empresário, a propósito de uma série de situações de confronto físico entre o assistente Ernesto Neves e o arguido Manuel Maria Carrilho, e uma série de sms que o arguido terá enviado ao ex-namorado de Bárbara Guimarães, e que findaram a partir do momento em que o empresário fez queixa à Polícia Judiciária.

Numa delas, Manuel Maria Carrilho revela mesmo o que tenciona fazer:

“Serás capado, não escaparás.”

 

Em tribunal, Kiki Neves não esconde que vive em permanente inquietação e teme pela sua segurança:

“Vivo o meu dia a dia com precaução. Tento abstrair-me, a minha família e as pessoas que gostam de mim têm preocupação, sabem do poder e do passado do arguido. Portanto, logicamente que ninguém pode estar descansado com uma situação destas. (...) Isto é um filme, um filme muito mau. Mudei a fechadura e montei um alarme. (...) Eu não tenho receio aqui, neste instante, do arguido. Eu tenho receio do que ele possa mandar fazer. Ele tem um historial, segundo sei, de capangas. Isso é algo que transcende qualquer pessoa. Ainda hoje, quando abro a porta do carro tenho cuidado. Deixei de andar de bicicleta de estrada, com receio de ser atropelado. Eu vivo em preocupação constante. Sou uma pessoa livre, sempre tive as minhas atividades e muitas vezes privo-me por causa da situação. (...) Sei quando recebi as ameaças, mas não sei quando vão ser concretizadas. Eu sei que a pessoa em causa, pelo que se tem visto, tem feito aquilo que diz que faz. Se me acontecer alguma coisa… Não tenho receio, tenho muito receio [que as ameaças sejam concretizadas]”, revela.

O empresário foi ainda, em várias ocasiões, testemunha da forma como Manuel Maria Carrilho agrediu verbal e fisicamente a ex-mulher. Numa delas, a 21 de maio de 2014, foi mesmo obrigado a intervir e a expulsá-lo da casa da então namorada.

“Fui acordado pela Bárbara que me perguntou se não tinha ouvido uns barulhos, lá em baixo. Ela desceu, pensei que podiam ter sido as crianças que acordaram (...) Quando de repente, ouço os gritos: ‘O que é que estás a fazer dentro da minha casa? Vai já para a rua!’. Aí percebi que estava ali alguém que não eram as crianças, claro. 
Vesti as calças e, nesse momento, ouço ‘larga-me, larga-me’ e desci as escadas a correr, porque percebi que ela estava em perigo. Deparo-me com o agressor a agarrá-la e a Bárbara a ser mandada contra a parede. O arguido avança para mim com os braços abertos. Foi tudo muito rápido. Não me dirige qualquer palavra e avança com o intuito de me fazer mal. Ele não vinha com os braços abertos, com certeza, para me abraçar. Tive de expulsá-lo para fora de casa. (...) Não me chegou a agredir. Não teve, penso eu, capacidade para isso, mas vontade tinha”, explica à juíza.

Visivelmente agastado, Kiki Neves lamenta a forma como Bárbara Gimarães era tratada pelo ex-marido.

“Puta, estúpida, ladra e analfabeta” são alguns dos impropérios que ouviu Carrilho pronunciar.

“Não é forma de tratar uma mulher e uma mãe”, defende.

Apesar do enorme transtorno que esta situação trouxe à sua vida, Kiki Neves mostra-se totalmente ao lado da 
ex-namorada:

“Não me arrependo de nada do que fiz. Não me arrependo de ter conhecido a Bárbara, continuo amigo dela, 
continuarei sempre amigo dela e tenho pena que não haja mais pessoas a ajudá-la”, assegurou. 

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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