O escritor colombiano e prémio Nobel da Literatura Gabriel García Marquez morreu hoje (17) na Cidade do México aos 87 anos, noticiou a agência France Presse.
«Cem anos de solidão e de tristeza pela morte do maior colombiano de todos os tempos», escreveu no Twitter o Presidente da Colômbia Juan Manuel Santos, que anunciou quase em simultâneo a morte do escritor.
García Márquez, o autor de «Cem anos de solidão», morreu em casa, com sua mulher e os dois filhos a seu lado, informou no Twitter o apresentador da televisão Televisa, Joaquin Lopez-Doriga.
No início de abril Márquez esteve internado durante uma semana num hospital privado da Cidade do México devido a uma pneumonia, e regressou a casa a 08 de abril. De acordo com a família, encontrava-se nos últimos dias «num estado de saúde muito frágil» e com «risco de complicações».
Instalado no México desde 1961, com períodos de estada alternados em Cartagena (Colômbia), Barcelona (Espanha) e Havana, capital de Cuba, García Márquez vivia desde há vários anos retirado da vida pública, e nas suas raras aparições não fazia qualquer declaração aos media.
O escritor foi distinguido com o Nobel da Literatura, em 1982, e não publicava desde 2010, quando foi dado à estampa «Yo no vengo a decir un discurso» («Eu não venho dizer um discurso»).
«Memória das minhas putas tristes», editado em 2004, é assim o último livro de ficção de um autor de causas, que nunca escondeu simpatias políticas, nomeadamente pelo regime cubano de Fidel Castro.
O romance sucedeu a «Do Amor e outros demónios», publicado dez anos antes. «Amor nos tempos do cólera», «Crónica de uma morte anunciada», «O general no seu labirinto» e «Ninguém escreve ao coronel» são outros títulos emblemáticos do escritor.
Lusa