Maria Sharapova confirmou, esta segunda-feira (7), numa conferência de imprensa, em Los Angeles, que acusou um controlo positivo de doping durante o último Open da Austrália.
A tenista russa, de 28 anos, assumiu a responsabilidade mas justificou-se atribuindo este resultado a uma substância que toma há vários anos e que só agora, em 2016, foi incluída na lista de substâncias proibidas da WADA (Agência Mundial Anti-Dopagem).
"Eu acusei positivo no teste e assumo toda a responsabilidade por isso. Tenho tomado este medicamento nos últimos 10 anos, mas no dia 1 de janeiro esta substância passou a ser proibida, e eu não tinha conhecimento”, declarou a tenista.
Maria Sharapova acusou a presença de meldonium, uma substância que, segundo revelou tomava desde 2006 devido a problemas de saúde do foro cardíaco.
A marca desportiva Nike, que patrocinava a atleta, informou que já suspendeu a sua relação Sharapova, através de comunicado: “Estamos tristes e surpreendidos com as notícias sobre Maria Sharapova. Decidimos suspender a nossa relação com Maria [Sharapova] enquanto a investigação continua”. Com a Nike, Sharapova ganhou 63 milhões de euros nos últimos oito anos.
Além da Nike, a tenista perdeu contratos com a marca de relógios Tah Heuer, as águas Evian e com a Porsche, patrocínios cujo valor ascendia aos 20 milhões de euros.
A tenista está a ser alvo de duras críticas. A norte-americana Jennifer Capriati, antiga líder do 'ranking' mundial de ténis, escreveu nas redes sociais que Sharapova "tem de ser despojada de todos os títulos que venceu".