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Internacional
Weinstein livra-se das denúncias de assédio com acordo de 22 milhões
Harvey Weinstein Foto: Reuters
Redação Lux em 12 de Dezembro de 2019 às 12:46

Harvey Weinstein, o poderoso produtor de Hollywood caído em desgraça com o movimento MeToo chegou a um acordo no valor de 22 milhões de euros com 30 atrizes que o processaram por assédio sexual e violações.

Segundo o jornal "The New York Times", este acordo carece agora da assinatura de todas as partes e do tribunal permitirá a Weinstein livrar-se de uma boa parte das denúncias contra si e contra a sua antiga empresa, The Weinstein Company.

Os 22 milhões de euros serão divididos entre 18 vítimas, uma ação coletiva e outra ação movida pelo Ministério Público de Nova Iorque, com as 18 vítimas a reunirem 450 mil euros cada.

Recorde-se que o processo da atriz Ashley Judd contra Harvey Weinstein por assédio sexual foi rejeitado por um tribunal federal de Los Angeles me janeiro deste ano.

O juiz Philip Gutierrez  decidiu que as alegações da atriz não são válidas para um processo por assédio sexual e apenas deu luz verde a uma ação por difamação, pelo facto do produtor ter, segundo clama a atriz, "sabotado a sua carreira".

Recorde-se que esta em janeiro, pela segunda vez o juiz rejeitou a queixa de Ashley Judd, percursora do grande movimento de queixas contra o produtor de Hollywood.

Em setembro, o processo foi rejeitado mas, aproveitando uma mudança na lei da Califórnia relacionada com queixas de comportamento impróprio nas relações de trabalho, que agora inclui realizadores e produtores, Ashley Judd trentou novamente levar o caso a tribunal.

Recorde-se que Ashley Judd afirma que por ter recusado os avanços sexuais por parte de Weinstein este arruinou a sua carreira.

A atriz de 50 anos alegou ter perdido um papel em 'O Senhor dos Anéis' depois de ter rejeitado os avanços sexuais do magnata do cinema. A atriz abriu o processo aberto em abril e na terça-feira (17.07.18) o ​​tribunal ouviu Weinstein que argumentou perplexidade pela acção ter entrado 20 anos depois do suposto incidente, que data de 1998.

O produtor alega que o único incidente de 1998 não foi "generalizado ou severo" o suficiente para resultar em assédio sexual: "Os supostos avanços sexuais indesejados de Weinstein ocorreram num único dia e consistiram em ele pedir uma massagem, pedir para ajudá-lo a escolher roupas e pedir-lhe para vê-lo tomar banho. Essas alegações ficam muito aquém do elemento obrigatório 'invasivo ou severo", regista o processo a que o The Blast teve acesso.

Judd alegou que foi colocada na lista negra por Weinstein após o incidente e que isso afetou a sua carreira, mas ele respondeu dizendo "a alegação de que ela teria sido uma estrela maior se tivesse sido escalada para os filmes é totalmente especulativa".

No documento original, Judd acusou Weinstein de "retaliar" depois que ela ter recusado o produtor.

Harvey Weinstein declarou-se sempre inocente.

 

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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