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Internacional
Redação Lux em 16 de Novembro de 2017 às 17:11
Rainha de Inglaterra, Madonna e Bono dos U2 acusados de fugir ao fisco
1/4 - Rainha Isabel II - Cerimónia do Remembrance Sunday Cenotaph em Londres 12.11.17
2/4 - Madonna faz desabafo: 'Vivo como uma freira aqui'
3/4 - Bono Vox - Clinton Global Initiative, em Nova Iorque 19.09.2016 Foto: Reuters
4/4 - Lewis Hamilton conquista quarto título mundial de Fórmula 1 29.10.17 Foto: Reuters

Cerca de dois anos depois do escândalo Panama Papers, o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ) volta à carga com uma nova investigação, agora batizada de Paradise Papers. Novos documentos revelados apontam o dedo a 127 figuras de renome internacional, desde políticos como Juan Manuel Santos, presidente da Colômbia, ou Gerhard Schröder, antigo chanceler alemão, e multinacionais bem conhecidas como a Apple, a Nike, ou a Uber, ou ainda celebridades como a cantora Madonna, o vocalista dos U2, Bono Vox, e o piloto de F1 Lewis Hamilton. Há até uma rainha: Isabel II de Inglaterra. Todos eles são acusados de fuga ao fisco através dos já muito falados paraísos fiscais.

O ICIJ teve acesso a mais 13,4 milhões de ficheiros relacionados com paraísos fiscais e revela, agora, como funcionam os esquemas paralelos de fuga ao fisco.

No caso da rainha de Inglaterra, os documentos indicam que mais de 11 milhões do património privado de Isabel II foram investidos num fundo nas Ilhas Caimão. Se numa primeira abordagem do jornal The Guardian, o Ducado de Lancaster, responsável pela gestão financeria do património da soberana britânica, hesitou em manifestar-se, mais tarde acabaria por confirmar alguns investimentos feitos “em fundos estrangeiros”.

Conhecido por ser um ativista social e homem de causas, que luta para acabar com a pobreza no mundo, o nome de Bono Vox nesta lista é uma surpresa. Ou melhor, foi o verdadeiro nome do vocalista dos U2, Paul Hewson, que surgiu nos documentos. E, segundo o Expresso, o único jornal português que faz parte desta investigação, o músico tem ações numa empresa em Malta, a Nude Estates, que investiu na compra de um centro comercial na Lituânia, em 2007.

De acordo com uma porta-voz de Bono, o cantor  era apenas um “investidor passivo e minoritário”. A verdade é que já não é a primeira vez que o nome dos U2 surge envolvido numa polémica sobre fuga aos impostos. Em 2009, a banda irlandesa foi acusada de ter executado uma manobra tributária para fugir ao fisco, ao transferir uma grande parte dos seus recursos para a Holanda. Na altura, centenas de pessoas saíram à rua e manifestaram-se em frente ao Ministério de Finanças da Irlanda, em Dublin, mostrando assim o seu desagrado.

Outro  dos nomes mais sonantes é o da nova ”lisboeta”, Madonna, que também escolheu viver na capital portuguesa, porque tem benefícios fiscais. A cantora norte-americana detém ações “suspeitas” numa empresa de produtos médicos cujo nome não foi revelado.

Por último, o piloto de F1 Lewis Hamilton surge associado a um esquema fiscal na compra de um jato de luxo por 18,6 milhões, evitando o pagamento de IVA no valor 3,7 milhões de euros. 

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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