A situação das centrais nucleares de Fukushima, atingidas pelo sismo que devastou o nordeste do Japão, representa um «perigo real», avaliou hoje um especialista português à Lusa que refere, contudo, que a situação não é comparável ao acidente de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986.
«O principal risco é o derrame de material radioativo para a água, ou para a atmosfera, como aconteceu em Chernobyl», disse à agência Lusa João Seixas, especialista em física de partículas elementares e responsável pelo grupo português na experiência do acelerador de partículas LHC (Large Hadron Collider) do CERN (Organização Europeia para a Investigação Nuclear).
João Seixas alertou ainda que uma explosão «deve ser impedida a todo o custo» devido à possibilidade de derrame de material radioativo para a atmosfera ou para a água, de material radioativo, «que poderá ser transportado e disseminado rapidamente para seres vivos».
Recorde-se que ocorreu uma explosão que destruiu um edifício que albergava o reator número um da central Fukushima, a norte de Tóquio, o que levou as autoridades a evacuarem a zona.
Entretanto, o operador de uma central nuclear do nordeste do Japão revelou que um segundo reator estava a dar sinais de problemas, havendo risco de explosão, avançou a agência noticiosa France Presse, o que levou as auroridades a aumentarem o raio da zona de evacuação.
notícia atualizada às 22:55