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Internacional
Redação Lux  com Elsa Alves em 28 de Novembro de 2010 às 15:03
Joaquín Cortés regressa a Portugal em Dezembro com o espetáculo «Calé»
A música pode contar uma história e a dança consegue personificá-la. Trata-se de magia. Aliado a muita sensualidade, irreverência e exotismo, o flamenco consegue resumir-se a uma só pessoa: Joaquín Cortés. Aos 41 anos, é um dos melhores bailarinos do mundo e dias 6 e 7 de dezembro dará, mais uma vez, aos portugueses a oportunidade de o verem ao vivo. Primeiro no Pavilhão Rosa Mota no Porto, depois no Pavilhão Atlântico em Lisboa.

As expetativas são elevadas: «Adoro Portugal e o povo português gosta muito de dança e de música. Vai ser muito bom, espero.»

Comemora 20 anos de carreira e apresenta um espetáculo que percorre os cinco continentes.

«Para mim ¿Calé¿ é um resumo de tudo o que tenho feito. Tentei recriar a essência de cada obra anterior aqui, e também é verdade que é uma pequena homenagem à minha falecida mãe. Estou aqui por ela», partilha com a Lux.

Perder Basilia Reyes Flores, mãe do bailarino de flamenco e um dos principais pilares na sua vida e na sua carreira, foi muito doloroso, confessa: «Foi a pessoa que mais me apoiou e que sempre acreditou em mim. Quando faleceu há dois anos, foi muito difícil para mim seguir em frente. É sempre duro», lamenta, emocionado.

Incentivado pelo tio bailarino, Cristobal Reyes, a gostar de dança, o sucesso que rapidamente alcançou foi o que mais o surpreendeu. «Primeiro nem queria acreditar e depois surpreendi todos na minha família, que sempre estiveram lá.»

Já sobre o assédio feminino, diz, entre risos: «Ninguém gosta de mim. Sou muito feio.»

Recorde-se que o bailarino manteve uma relação que se tornou mediática na imprensa de todo o mundo, com Naomi Campbell. Joaquín nunca foi muito dado a falar da sua vida íntima, mas em maio deste ano, apresentou a namorada, a atriz Elena Maruenda, no Festival de Cinema de Cannes. «Estamos juntos, sim, mas não é algo de que fale muito.»

Sobre se é com ela que deseja passar o resto da vida, garante: «Não sei o que irá acontecer amanhã. Evidentemente que, um dia destes, pretendo casar-me e formar um legado, uma família. Isso quero. Quem é que não quer?!»

O bailarino revela, no entanto, que se encontra numa fase estável: «Estou bem. Tranquilo. Agora volto com muita força, garra e estou muito centrado na minha carreira profissional.»

Entre as polémicas nas quais se viu envolvido nos últimos anos, uma delas foi a gravidez da ex-namorada, Katie Asumu. Segundo a imprensa internacional, Cortés seria o pai, e tal tinha ficado provado por vias legais. Mas sobre esse assunto, remete-se ao silêncio: «Não quero falar desse tema.»

Em março deste ano, foi condenado a um ano de prisão por apropriação indevida de 700 mil euros, mas recorreu, e ainda está à espera da decisão: «Realmente já saíram outras notícias na imprensa espanhola que dizem que fui condenado indevidamente. Não estou preso e não é por ser uma figura pública, é porque não sou o protagonista dessa história. A nível legal, vou sair totalmente livre. Estou muito tranquilo e sinto-me bem. Não sou culpado! Não gostei nada do que saiu. Sou uma figura pública e os meios de comunicação aproveitaram para me tornar culpado, mas agora vai clarificar-se tudo», finaliza.
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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