O Rei de Espanha renunciou ao iate Fortuna, com objetivo de mostrar uma imagem austera e pouco ostentosa da família.
No entanto, de acordo com a
Vanitatis, o Ministério da Defesa aprovou recentemente um orçamento de 181.530 euros para implementar chips nos cavalos da Guarda Real e da Academia Militar, valores registados no Boletim Oficial do Estado.
Neste contrato, que a defesa adjudicou à empresa ANPI XXI por oito meses, tem de ser somado outro orçamento, aprovado no mês de fevereiro, de 138.764 euros, que o ministério destinou para o feno para alimentar os mesmos cavalos.
No total, mais de 300 mil euros foram destinados aos 180 cavalos que rendem as honras nos atos solenes, proporcionam segurança e participam em atos protocolares, como a entrega de credenciais dos embaixadores de Espanha.
O gasto deste ano é similar ao do ano passado, mas aos dados fornecidos devem ainda juntar-se os gastos com os veterinários, tratamento e transporte dos quais se encarregaria o próprio pessoal da Guarda Real e cujo orçamento é custeado pela Defesa.
A Casa Real, através do seu chefe de imprensa, não quis fazer declarações sobre o assunto, afirmando apenas que a Guarda Real depende do Ministério de Defesa e, perante as críticas suscitadas pelos gastos, prefere manter o silêncio.
«Tenta-se sempre que seja tudo da melhor qualidade, se queremos ter cavalos temos de os ter em condições ótimas, mas pede-se sempre o que é preciso, nunca se pede demais», afirmou Pedro Morenés, do departamento que dirige as cavalariças.
Mas o dinheiro destinado a cobrir as necessidades dos cavalos não é o único gasto que não está incluídos nos quase 8 milhões de euros que a Casa do Rei tem de orçamento para este ano.
A presidência destinou cerca de 128 mil euros para a decoração floral dos palácios para as recepções e jantares de gala, enquanto que o orçamento das Ilhas Baleares aprovado para este ano, 1,7 milhões de euros, é destinado a serviços e limpeza e manutenção do Palácio de Marivent, onde a família tem fixada a sua residência de férias.