Angelina Jolie disse que o decreto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que impede a entrada de cidadãos de sete países de maioria muçulmana nos EUA, atinge refugiados vulneráveis e pode alimentar o extremismo.
Sem mencionar Trump diretamente, Angelina, que atuou como enviada especial do Alto Comissário de Refugiados das Nações Unidas, disse num artigo publicado no jornal New York Times que discriminar com base na religião é "brincar com o fogo".
A atriz vencedora do Oscar acrescentou que, como mãe de seis filhos, "todos nascidos em terras estrangeiras e... orgulhosos de serem cidadãos americanos", acredita na necessidade de segurança para a nação, mas disse que decisões deveriam ser "baseadas em factos, não no medo".
"Também quero saber que as crianças refugiadas que se qualificam para receber asilo terão sempre uma possibilidade de postular o seu caso a uma América compassiva. E que podemos cuidar de nossa segurança sem rotular cidadãos de países inteiros – até bebés – como uma ameaça ao visitar o nosso país em virtude de geografia ou religião", escreveu.
O decreto de Trump barra cidadãos de Síria, Iraque, Irão, Líbia, Somália, Sudão e Iemen nos EUA por 90 dias.
Recorde-se que Angelina Jolie, de 41 anos, recebeu um Oscar honorário pelo seu trabalho humanitário. No ano passado, ela visitou campos de refugiados no Líbano e na Grécia, encontrando-se com famílias em fuga de guerras no Oriente Médio.