Samantha Geimer, a mulher que o diretor de cinema Roman Polanski admitiu ter violado há 40 anos, quando ela era uma adolescente, pediu que o caso fosse encerrado.
Na sua primeira aparição pública numa audiência no tribunal sobre o caso, Geimer, que tinha 13 anos quando foi abusada por Polanski em Los Angeles, em 1977, disse que queria o caso criminal contra o diretor fechado há décadas.
“Imploro que considere tomar uma ação para finalmente fechar este assunto como um ato de misericórdia para mim e para a minha família”, disse Geimer ao juiz do Tribunal Superior de Los Angeles.
“Justiça não é somente sobre punição. É sobre equidade e consideração”, disse, lendo um comunicado que preparou.
Samantha também minimizou a gravidade do que aconteceu em 1977, dizendo que Polanski se desculpou.
“Não foi traumático para mim como todos gostam de pensar que foi. Eu era uma jovem adolescente sexualmente ativa e foi uma coisa assustadora. Mas não era uma coisa incomum. Coisas muito piores aconteceram com pessoas”, disse.
Polanski, de 83 anos, admitiu ter violado Geimer em 1977 e passou 42 dias sob custódia pré-julgamento, antes de deixar os Estados Unidos.
Desde então, o diretor de “Chinatown” permaneceu um fugitivo e a Justiça dos Estados Unidos tentou por diversas vezes extraditá-lo da Europa para que enfrentasse julgamento.