Um jornal controlado pelo governo do Irão chamou «prostituta» a Carla Bruni num artigo de opinião.
A primeira-dama francesa foi uma das visadas num texto não assinado, publicado na página 2 da edição de sábado do jornal estatal
«Kayhan», com o título «Prostitutas francesas entram no tema direitos humanos».
O artigo critica Carla Bruni e a atriz francesa Isabelle Adjani que assinaram um abaixo-assinado em defesa de Sakineh Mohammadi Ashtiani, uma iraniana condenada a apedrejamento por adultério.
No texto, o jornal afirma que Bruni é uma pessoa «imoral».
Na semana passada, a primeira-dama francesa escreveu uma carta aberta para Sakineh Mohammadi Ashtiani onde descreveu o horror que sente em relação ao caso:
«O rosto, o cérebro, alma, tudo transformado em alvo de lançadores de pedras. Esta imagem aterradora revoltante pode transformar-se em realidade», escreveu a primeira-dama em carta aberta publicada no site do filósofo Bernard-Henri Lévy.
Sakineh Mohammadi Ashtiani, de 43 anos, está presa no Irão desde 2006. Este ano foi acusada de adultério e condenada a uma sentença por apedrejamento.
Várias figuras públicas francesas integram um movimento para que esta mulher iraniana não seja apedrejada. Lévi tem publicado no site uma carta por dia a prestar apoio à iraniana.