Já está disponível nos escaparates das livrarias americanas o livro de memórias da ex-secretária de estado americana Condoleezza Rice, onde são recordados os principais momentos do governo do presidente Geroge W. Bush, a «paixoneta» do ditador líbio Muammar Kadhafi por ela e os lamentos sobre o fracasso de uma proposta do ex primeiro ministro israelita Ehud Olmert que previa a criação de um estado palestino das fronteiras en 1967.
Na obra, de 734 páginas, intitulada «No Higher Honor: A Memoir of My Years in Washington» Condoleezza demonstra apoio à maior parte das decisões de Bush, de quem se considerada próxima.
No livro, Condoleezza Rice também relata o seu encontro em 2008 com o então líder da Líbia, Muammar Kadhafi, morto em outubro.
De acordo com Condoleezza, o ditador líbio demonstrou uma «espantosa fascinação» por ela, chegando a convidá-la para uma visita à sua tenda particular.
Na tenda os dois assistiram ao vídeo de uma canção que Kadhafi mandou compor em homenagem à Condoleeza, intitulada «A Flor Negra da Casa Branca».
«Era um coleção bastante inocente de fotos minhas com líderes mundiais que passavam ao som da canção composta por um músico líbio», afirmou. «Foi estranho, mas pelo menos não foi vulgar.»
E quando os rebeldes líbios tomaram de assalto o quartel-general de Kadhafi em Trípoli, em agosto, foram descobertas várias fotos de Condoleezza Rice guardadas por ex-líder líbio.
A ex-secretária de Estado americana afirma, porém, que por diversas vezes se sentiu menosprezada por Bush durante os debates sobre a reconstrução do Iraque. Condoleezza revela ainda discussões constantes com o vice-presidente Dick Cheney e o secretário de Defesa Donald Rumsfeld.