O funeral de Estado de Nelson Mandela terminou hoje cerca das 12:00 locais (10:00 em Lisboa) em Qunu, aldeia na qual passou a infância, permitindo dar início ao enterro dos restos mortais do ex-Presidente.
O funeral, que durou pouco mais de duas horas e acabou mais tarde do que o previsto, foi um ato emotivo celebrado no interior de uma grande tenda instalada na quinta de Mandela perante cerca de 5.000 pessoas, incluindo a família do ex-Presidente e responsáveis de diferentes países.
A família, o Presidente da África do Sul, Jacob Zuma, amigos íntimos do antigo chefe de Estado e outros deslocaram-se para o cemitério do clã Mandela, enquanto o resto dos convidados permanecem na tenda, segundo o programa oficial do funeral, que decorrerá na mais restrita intimidade e durará cerca de duas horas.
O caixão está a ser trasladado para o cemitério numa procissão militar. Depois, a bandeira sul-africana que cobre o caixão será retirada, será cantado o hino nacional e disparadas 21 salvas de canhão em honra do herói que combateu o regime racista do 'apartheid', enquanto aviões de combate sobrevoarão o céu de Qunu.
Depois, será interpretada a melodia «The Last Post», com a que tradicionalmente se rende homenagem aos soldados caídos.
Finalmente, o bispo metodista Don Dabula, capelão da família, dará a benção aos restos do ex-presidente, que serão sepultados em Qunu, onde Mandela pediu expressamente para descansar para sempre.
Nelson Mandela morreu, com 95 anos, a 05 de dezembro passado na sua casa em Joanesburgo rodeado pela família, depois de uma longa doença.
Lusa