Longe dos contos de fadas, a história dos Borbón é recheada de episódios trágicos, sendo o mais marcante, sem dúvida, o desaparecimento do príncipe Afonso, em 1956, com apenas 15 anos. «Senequita», como era carinhosamente tratado pela família, foi morto acidentalmente com um tiro pelo irmão, Juan Carlos, o atual rei de Espanha, numa brincadeira em casa, no Estoril, onde viveram durante o exílio. Um vazio que ficou por preencher, dividiu uma família, criou uma relação de amor/ódio entre pai e filho, os quais disputaram também o trono.
Em «Segredos e Mentiras da Família Real Espanhola», da autoria de Pilar Eyre e editado por A Esfera dos Livros, a jornalista catalã põe a descoberto as relações tensas entre Juan Carlos e a família e desfaz a imagem irrepreensível da rainha Sofia.
Sobre a atual geração, não esconde que os príncipes das Astúrias vivem apaixonados, mas que Letizia afastou Felipe de toda a família.
O príncipe, que outrora era muito próximo das irmãs, as infantas Elena e Cristina, hoje mal lhes fala. A origem da zanga: «No batizado de Irene, a filha mais nova dos duques de Palma, que se celebrou na Zarzuela a 14 de julho de 2005, Cristina pediu ao irmão o favor de alojar em sua casa, um amplo palacete no mesmo recinto da Zarzuela, os seus sogros, Juan Maria Urdangarín e Clara Liebaert, modelos de prudência e discrição. Felipe disse que sim, naturalmente, mas quando o comentou com a sua mulher, esta respondeu que nem pensar (...) Felipe teve de comunicar esta decisão à sua irmã, com o consequente desgosto por parte desta.»
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