Jorge Coutinho, o pai da pequena Leonor, ou Nonô como era carinhosamente tratada, acaba de lançar um livro.

«Nonô, A Princesa Côderosa» é o título desta biografia em homenagem a Leonor, que perdeu a batalha contra o cancro no passado dia 3 de setembro.

«Fia, há 11 anos começava uma história... A tua história, quando o papi conheceu a mamã. Há 9 anos, um dos meus mestres, o meu querido avô 'Melro', analfabeto de escola mas doutorado em vida, poucas horas antes de regressar a casa fez-me uma daquelas perguntas que nos mudam a vida, ou melhor, que nos colocam no rumo da vida: 'Filho, estás a viver a vida que tu queres viver, ou estás a viver a vida que os outros querem que tu vivas!?' Murro no estômago. Começo a pensar... Há 7 anos, numas férias fora do país com a tua mamã, estávamos os dois numa praia, quando alguém 'por acaso' se cruza com o nosso caminho. Ao fazê-lo, diz-me entre outras coisas que na primeira metade dos meus quarenta anos vou escrever livros e falar para muitas pessoas. Passar-lhes uma mensagem. Ri-me. Não acreditei! Pouco tempo depois, e no final de uma reunião de direcção, abandono uma segura carreira de gestor com 13 anos, para abraçar uma paixão, um sonho de menino: ajudar os outros! Como? Através do desenvolvimento humano: coaching! Há 5 anos nascias tu, Fia. Aquilo que de melhor dois seres imperfeitos, a mamã e o papi, fizeram em toda a sua vida. O nome que escolhemos para ti: Leonor. Soubemos mais tarde que Leonor advém do Latim Lenire (acalmar) ou do Árabe Ellionor (Deus é a minha Luz). Coincidência!? Naaa... Há 1 ano senti aquilo que sempre soube. Tu vieste com uma missão! E essa missão era uma de duas: ou vencer o malvado de Willms e inspirares os outros com o teu exemplo de vida, ou regressares a casa e deixar-nos a todos com um legado: o amor. Haverá maior vitória que essa? Há 13 dias decidia perpetuar o teu legado em livro, para que a tua missão possa assim ser intemporal e passar de mão em mão e de geração em geração. O papi decidia escrever a tua biografia, 'Nonô, A Princesa Côderosa', vista, escrita e sentida pelos meus olhos, mais do que pelos meus olhos, pelo meu ser. Espero que gostes. Aliás, sei que vais gostar! Encontramo-nos em casa Fia. Até lá o papi vai-se lembrar todos os dias que... Leonor rima com amor, nunca com dor ou rancor. Amo-te Fia!», pode ler-se no Facebook de Jorge Coutinho.