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Nacional
Advogada comenta drama de Miguel Caldeira que se diz impossibilitado de ver o filho
Miguel Caldeira luta para ver o filho Foto: Facebook
Redação Lux  com CSS em 28 de Novembro de 2014 às 14:55
Depois de uma separação dura, o ex-jornalista da SIC e da TVI Miguel Caldeira diz que ficou impossibilitado de ver o filho. Há dois anos que não está com Santiago, ou Santi como é carinhosamente tratado, atualmente com 7 anos.

No página de Facebook, criada pelos amigos, a advogada de Miguel Caldeira, Alexandra Queiroz, partilhou um comunicado que está a emocionar e a mover a comunidade.

«Os processos judiciais não se regem pela dimensão humana e afectiva do que lhes está subjacente. Essa é, seguramente, a parte mais penosa de ser Advogado. Por mais que os agentes judiciais - Juízes, Magistrados do Ministério Público, Advogados, Funcionários judiciais - 'sintam' o processo, percebam que é chocante e anseiem por fazer mais e melhor, por mais que sintam a diferença (afectiva, emocional) entre uns e outros processos, há limites processuais, barreiras jurisdicionais, meios técnicos, inércia de outras jurisdições, dificuldades de ordem burocrática vária, que contribuem - muitas vezes decisivamente - para que a justiça que queremos e que merecemos que seja feita não seja, efectivamente, a justiça que temos. O tempo de quem precisa não é igual ao tempo de quem o administra. O tempo do Miguel e do Santi, no caso concreto, não volta para trás. O tempo da justiça tem sido gasto a tentar que não se perca mais tempo. Tudo isto demora (in)compreensivelmente tempo demais. Este é o peso que todos os Advogados carregam consigo, nos seus processos, nos processos dos seus 'meninos', dos 'seus pais' e das 'suas mães' TODOS os dias. O Miguel é um dos 'meus pais' e o 'Santi', que não conheço, um dos 'meus meninos'. Este peso, para mim, existe. Ao enorme peso da infelicidade que o Miguel tem de não poder estar com o Santi corresponde o também enorme contrapeso da amizade de que esta página é apenas um (maravilhoso) exemplo. Vamos ter a Justiça que (é) precisa»
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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