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Nacional
Museu Machado de Castro reabre em pleno ao fim de seis anos
Lux
Redação Lux em 9 de Dezembro de 2012 às 12:55
O Museu Nacional Machado de Castro (MNMC), em Coimbra, reabre em pleno ao público na terça-feira, após um período de intervenções, iniciado em 2006 e envolvendo um investimento da ordem dos 15 milhões de euros.

A reabertura plena do MNMC «encerra um ciclo de recuperação» orientado pela «requalificação e ampliação que, agora, o apresenta como um grande museu, digno do património que possui» e tornando-o numa «referência da museologia portuguesa», afirma a diretora da instituição, Ana Baltazar Alcoforado.

As obras «constituem não só a maior transformação a que o MNMC foi submetido ao longo da sua história» ¿ foi fundado em 1911 e inaugurado em 1913 ¿, mas também «uma das mais importantes intervenções operadas em museus portugueses» e, «seguramente, a mais espetacular, pelo modo como articula e dialoga a envolvente urbana com as coleções que guarda», sublinha à agência Lusa aquela responsável.

Esta intervenção «também fez com que procurássemos a identidade deste projeto» e a «conciliássemos com aquilo que o diferencia», sustenta Ana Alcoforado, salientando que «há duas valências, duas diferenças, que sobressaem no Museu e que, com as obras, saem reforçadas: o criptopórtico e a coleção de escultura».

O criptopórtico, única estrutura do museu reaberta ao público desde 2009 ¿ passou a constituir um circuito autónomo de visita e a estar acessível na sua totalidade (ao contrário do que acontecia até então) ¿ foi enriquecido pelas recentes descobertas, designadamente durante as obras, e pelas novas interpretações que elas possibilitaram.

Essas descobertas permitiram a reconstituição, em imagens tridimensionais (3D) do fórum da Coimbra romana (Aeminium), que assentava no criptopórtico, considerado como a mais significativa obra de engenharia romana em Portugal e «uma das mais importantes e que melhor se conhece na Europa».

A coleção de escultura do MNMC, enquadrada pelas sucessivas presenças arquitetónicas da Igreja de São João de Almedina e pela capela renascentista (transferida, em 1967, para este local), constitui a «exposição mais longa da diacronia do monumento desde o século de Augusto à atualidade».

Além de oferecer ao visitante informação escrita (em painéis e desdobrável), áudio (audioguias) e audiovisual (filmes, depoimentos e visita virtual), o «novo» museu disponibiliza quiosques com conteúdos multimédia relativos a cada um dos núcleos expositivos, mesas interativas e uma sala multimédia.

Instalado num espaço «carregado de história, ele próprio uma peça museológica, o museu passa, a partir de agora, a dispor das condições indispensáveis para ser entendido como espaço de encontro entre a memória e a contemporaneidade», sintetiza Ana Alcoforado.

Além dos espaços de exposição permanente, requalificados ou ampliados, segundo um projeto arquitetónico de Gonçalo Byrne, o visitante pode também «desfrutar livremente dos horizontes que se alcançam sobre a cidade e o rio, tendo à disposição uma cafetaria/restaurante, uma loja e uma pequena sala de exposições temporárias, em áreas de total gratuitidade».

Reaberto parcialmente em 2009, depois de ter estado completamente encerrado desde 2006, o MNMC foi visitado, no ano seguinte, por cerca de 30 mil pessoas e por perto de 48 mil em 2011, fazendo dele o museu português com maior aumento percentual de visitantes, entre 2010 e 2011.

A sessão de inauguração está marcada para as 17:30 de terça-feira, devendo contar com a presença do primiero ministro, Pedro Passos Coelho.

Lusa
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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