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Nacional D. Maria celebra Dia Mundial do Teatro com «Olhos de gigante»
Teatro
Redação Lux em 26 de Março de 2013 às 09:26
O Teatro Nacional D. Maria II (TNDM) celebra, na quarta-feira, o Dia Mundial do Teatro, com várias atividades e a estreia de «Olhos de gigante», a partir de Almada Negreiros.

«Olhos de gigante» é uma coprodução do TNDM e do grupo de teatro O Bando, e estará em cena, na sala estúdio, até ao dia 30 de março, e de 3 a 21 de abril.

A dramaturgia e encenação são de João Brites e de Miguel Jesus e a peça é interpretada por Ana Brandão, Raul Atalaia e o tubista Gil Gonçalves.

Em comunicado, O Bando afirma que «este espetáculo é uma aventura, uma descoberta dos nossos próprios limites».

«Queremos partir para o desconhecido, sabendo que é preciso parar para partir, mesmo que se parta sem sair do lugar. Sabendo que, se lá chegarmos, não poderemos mais perguntar à nossa sombra: de quem foges tu? Sabendo que algo terá de desaparecer, quando a luz se apagar. Acreditando que alguma coisa finalmente aparecerá quando a escuridão se acender», afirma o grupo de Vale de Barris.

A peça sobe à cena às 21:15, mas as celebrações do Dia Mundial do Teatro começam mais cedo. Às 13:00, o ator João Grosso, do elenco residente do TNDM, interpreta «Manicure», de Mário de Sá-Carneiro, no Salão Nobre.

Às 13:30, e também às 17:30, a companhia brasileira Mamulengo da Folia apresenta, no lado direito da fachada do edifício do TNDM, «A festa de Rosinha boca mole».

Às 15:00 e às 18:00, realizam-se «vistas livres» às exposições «Portinari e Cavalcanti no D. Maria II» e «Ana Harteley: no princípio está o gesto», patentes, respetivamente, no balcão de 1.ª Ordem e no Salão Nobre.

Às 21:00, sobe à cena, na sala Garrett, «À vossa vontade», comédia de William Shakespeare, estreada na quinta-feira passada.

Segundo o encenador Álvaro Correia esta peça é «um manifesto» de que ainda «é possível fazer teatro».

Em comunicado, o encenador salienta «a importância» de fazer este espetáculo no D. Maria, que considera «uma responsabilidade acrescida», na medida em que «todos os intervenientes criativos e artísticos se propõem a realizá-lo como se fosse um manifesto, mostrando que ainda se pode acreditar que é possível fazer teatro, e onde se procura uma cumplicidade com o público, em que este seja ativo e vivo, e não se esconda no conforto e no escuro da sala».

A peça foi «uma estreia nos palcos portugueses, nunca tendo sido produzida na íntegra, nos últimos 200 anos», afirma Álvaro Correia que sublinha a importância desta peça «no momento conjuntural e adverso em que se vive, em que assistimos impassíveis ao desaparecimento de uma parte importante do tecido artístico e teatral».

A peça, uma produção do TNDM e da companhia A Comuna-Teatro de Pesquisa, conta com as interpretações de Álvaro Correia, Carlos Paulo, Carlos Vieira de Almeida, Cristina Carvalhal, Cucha Carvalheiro, Eduardo Breda, Elsa Galvão, Fernando Gomes, F. Pedro Oliveira, Hugo Franco, João Lagarto, João Vicente, Manuela Couto, Rogério Vieira, Vítor Norte e dos estagiários Gonçalo Botelho e Rogério Vale.

Em comunicado, o TNDM refere-se ao texto do autor inglês, escrita em 1599, como uma «história brilhante, pelo engenho e sagacidade com que é construída».

LUSA
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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