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Nacional
Portugal Fashion: Compradores estrangeiros destacam potencial dos criadores nacionais
Alves/Gonçalves - 33ª edição Portugal Fashion (Foto: Lusa)
Redação Lux em 27 de Outubro de 2013 às 09:39
O potencial internacional existente na moda portuguesa, o conhecimento do mercado europeu e o cunho «único e diferenciador» que os designers portugueses trazem às coleções são os principais fatores destacados pelos agentes de compras estrangeiros presentes no Portugal Fashion.

No 33.º Portugal Fashion, que terminou no sábado à noite na Alfândega do Porto, a organização lançou o Brand Up, um showroom onde os criadores podem mostrar e vender as coleções ao público e a 30 agentes de compras nacionais e internacionais.

Em entrevista à agência Lusa, Emilio Vasquez-Toro, do site «Le new Black», com sede em Paris - que trabalha com aproximadamente 200 marcas e cinco mil compradores por todo o mundo - considerou que «a moda portuguesa tem muito potencial internacional».

«A principal vantagem é que os portugueses estão na Europa e conhecem o mercado europeu. Muitas marcas internacionais requerem a experiência europeia, que em Portugal existe», justificou.

Sem nenhuma marca portuguesa no catálogo de Le new Black, Emilio Vasquez-Toro confessou ter gostado muito de Meam by Ricardo Preto, considerando que «esta linha pode ter muito potencial no estrangeiro, principalmente na Ásia, Japão e a China, que é um mercado emergente muito importante».

«O nosso objetivo também é descobrir novos criadores que as pessoas não conheçam, porque os compradores vão sempre a Nova Iorque, Paris e às principais feiras e showrooms», explicou, destacando também o trabalho de Carla Pontes, uma jovem designer do Bloom.

Já a londrina Mary Hoang, da plataforma online «Not just a label» - que trabalha já com a jovem estilista Daniela Barros - explicou à agência Lusa que procura «algo diferente, criativo e de alta qualidade», que «não seja possível comprar noutros sítios ou na rua».

«Estou impressionada como os designers conseguem trazer a sua própria diferença às suas criações. Trazem sempre algo único. Nunca se sente que eles copiaram o que quer que seja. Aqui em Portugal sinto que as coisas são novas e que vêm de algo pessoal», descreveu.

Mary Hoang destacou o trabalho de Elisabeth Teixeira e de Katty Xiomara, sublinhando que mesmo no estilo comercial dos estilistas portugueses não se trata de algo «totalmente comercial, que pode ser comprado em qualquer sítio porque eles mantêm detalhes únicos na criação».

Em declarações à agência Lusa, no Brand Up, Katty Xiomara destacou a importância do «acesso direto ao público», porque «existe algum receio» das pessoas em «visitar as lojas» por acharem que vão encontrar preços muito elevados ou um produto não acessível.

«Embora estejamos já fora do timing de compras, faz com que estes agentes conheçam a coleção por dentro para numa próxima já estabelecer o contacto mais cedo e poder vir a fazer encomendas. É um processo que demora, não é rápido, não é imediato, mas eu acho que pode vir a ter frutos», sublinhou.

Sem ter nada ainda em concreto, Katty Xiomara revelou que já estabeleceu alguns contactos importantes durante este Brand Up.

Os dois agentes comerciais destacaram ainda a importância e pertinência da existência do Espaço Bloom, plataforma dedicada aos emergentes criadores, considerando que desta forma o Portugal Fashion alia a experiência dos designers consagrados à novidade e frescura dos jovens nomes.

Lusa
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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