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Nacional
Figuras públicas enviam mensagens de apoio a Bárbara Guimarães
Bárbara Guimarães - Lançamento da nova coleção «Meninos Especiais» Foto: João Cabral/Lux
Redação Lux  com CSS em 22 de Janeiro de 2015 às 11:00
Muitas são as figuras públicas que se têm manifestado através das redes sociais para enviar mensagens de apoio a Bárbara Guimarães, numa referência clara ao processo de violência doméstica no qual está envolvida com o ex-marido, o antigo ministro da Cultura Manuel Maria Carrilho.

Raquel Strada: A Bárbara é mais do que uma colega de profissão. É uma mulher... É mãe.

Foram precisos muitos anos para que as palavras mulher e respeito casassem na mesma frase e hoje não o vejo a acontecer. Deixa-me muito triste que se esteja a deixar correr tanta tinta sobre este assunto porque uma mulher pura e simplesmente não tem, não devia, não pode ser submetida a estas faltas de respeito de um homem, ou de vários, ou de qualquer pessoa... A Bárbara é uma mulher, é mãe. Respeito pela mulher e pelos seus filhos.»

Jessica Athayde: «Tenho muita pena que um senhor que se diz 'pai' não tenha o mínimo de cuidado em proteger os seus filhos. Acho absolutamente nojento toda a sua postura desde o primeiro dia que começou esta escandaleira toda e espero que se faça justiça. Estou contigo Bárbara Guimarães.»

Rita Ferro Rodrigues: Para a Bárbara (e todas as que sofrem em silêncio). Estou a tentar escrever sobre ti Bárbara e não é fácil... Não é fácil. Não somos amigas. Profissionalmente até já demos umas quantas turras. O convívio nem sempre foi pacífico, mas isso são coisas nossas e que só a nós dizem respeito. Estas palavras não estão por isso, contaminadas pelo olhar terno e tendencioso da amizade. Estas são as palavras de uma mulher para outra. De mim para ti. Acompanhei desde o primeiro minuto (como tantos portugueses) o drama revelado da violência a que a tua família foi (está a ser) sujeita. Capas de jornais e revistas com os pormenores mais sórdidos, as invenções mais disparatadas, as entrevistas mais abjectas, os ataques mais descabelados, as humilhações mais ignóbeis. A tentativa de manipulação da opinião pública com ataques permanentes à tua dignidade como mulher, ao teu bom nome. Uma raiva cega e doentia com eco em alguns órgãos de informação que sem qualquer rigor ou critério, pensando puramente em vender, publicaram 'notícias' falsas que cumpriam um único objetivo: a tua destruição e descredibilização. Do outro lado tu, em silêncio. Sempre em silêncio, tentando com essa atitude, proteger os teus filhos. Só um amor gigante permite essa resiliência. O que aqui relato são factos. Ninguém me contou. Resultam de uma observação objetiva. Minha e de muitas outras pessoas que eu gostava que falassem. Este país assistiu e continua a assistir a uma violência emocional continuada e exercida sobre ti e sobre os teus filhos em praça pública. Há quem opte por fechar os olhos, ignorar. Mas muitos são os que, como eu, estão a assistir horrorizados e com vontade de dizer: chega! Sei que ao escrever estas palavras, também eu posso ser alvo dessa fúria destrutiva que te persegue. Não tenho medo. Quero que saibas que o teu silêncio grita. E que eu te ouço. Não estás sozinha. Um beijo no teu coração.»
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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