Lucas (Ivo Canelas) apanha a namorada na cama com o seu antigo colega de uma banda musical. O seu mundo desaba e é nos corredores de um supermercado que dá a volta à depressão em que entrou, e que torna a apaixonar-se.
"A primeira parte da história é muito autobiográfica. Não me aconteceu o mesmo que ao Lucas, não fui traído por quem quer que seja, pois o fim da minha relação foi muito civilizado. Mas escrevi o argumento no fim do meu primeiro casamento. E quando a solidão me bateu mais a sério, foi quando tive de ir ao supermercado sozinho pela primeira vez, que era uma rotina que, há anos, fazia sempre a dois", partilha Nuno Markl, que se estreou na escrita para a sétima arte.
As ilusões deixa-as de lado, e admite que está preparado para que os críticos de cinema não gostem do produto. Mas diz-se satisfeito com "Refrigerantes e Canções de Amor", realizado por Luís Galvão Teles.
A antestreia teve lugar no Cinema São Jorge, em Lisboa, e contou com a figura da ‘Dinossaura’, cuja pele é ‘vestida’ por Victoria Guerra, e por quem a personagem de Ivo Canelas se apaixona.
"Acho que é um género pouco feito em Portugal, que é uma comédia romântica, musical ou psicadélica. É uma salganhada interessante de géneros", afirma o protagonista. A salganhada de géneros é acompanhada pela presença de alguns ‘atores’ improváveis. Neste caso, o músico Jorge Palma, que faz de si próprio, através do imaginário da personagem principal.
"Com guiões destes, e equipas destas, venham mais desafios", garante o cantor, que não era o único músico no elenco. Também Sérgio Godinho afirmou ter-se divertido a vestir a pele de um assassino contratado.
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