Manuel Alegre, 81 anos, hoje distinguido com o Prémio Camões, conta com uma carreira literária de mais de 50 anos, paralelamente a uma intervenção cívica e política.
Os livros "A Praça da Canção" e "O Canto e as Armas" marcaram, à partida, o seu percurso político e literário, de combate, contra a censura, contra a guerra colonial e a ditadura do Estado Novo.
"O Canto e as Armas" é "o livro de uma geração, mas também um livro que se prolongou no tempo, enquanto voz de esperança numa pátria livre, e de denúncia da opressão política da ditadura salazarista, da guerra colonial, da emigração e do exílio, a que muitos portugueses, como o próprio poeta, foram condenados”, assinalou o grupo editorial LeYa, no passado mês de abril, quando do lançamento da edição comemorativa dos 50 anos desta obra.