Exemplo de coragem e otimismo, Jô Caneças não se dobra perante o cancro que, depois de ter atingido o pâncreas, há dois anos, voltou a atacar, agora nos pulmões e no fígado.
No programa “Queridas Manhãs”, da SIC, com Júlia Pinheiro e Cláudio Ramos, a mulher de Álvaro Caneças confessou que tem tido bons e maus dias, durante o tratamanto que está a fazer atualmente.
“Tenho estado uns dias melhor, outros dias pior, mas os bons é que contam. O fim de semana passado piorei, estive com febre e andei de cadeira de rodas... Qualquer inflamação que ganhe fico logo sem força nas pernas. É horrível... Mas já estou ótima”, disse Jô, que recebeu elogios de Júlia Pinheiro por nunca se ter escondido, desde que lhe foi diagnosticada a doença oncológica e, sobretudo, por falar com total transparência e franqueza sobre o assunto.
Admitindo que está a “ser muito bem tratada na Fundação [Champalimaud]”, Jô Caneças diz que é normal que “desanime” perante a reincidência do cancro. Ainda assim, aconselha “as pessoas a acreditarem e a irem à luta. Acreditar em Deus e acreditar na medicina. Temos muitos bons médicos e tratamentos muito bons”, referindo que os tratamentos que são feitos em Portugal são idênticos aos que são realizados nos EUA, por exemplo.
“O tratamento que me estão a fazer na fundação está bem! Eles não têm outra solução”, referiu Jô, que falou também do apoio que o marido Álvaro Caneças, com quem está casada há quase 36 anos, lhe tem dado.
“Sem ele não sou ninguém, porque ele tem sido o meu pilar. Sem ele não sei...”, confessou Jô Caneças, acrescentando, divertida, que o marido “não é uma pessoa romântica. É uma pessoa muito querida, tem paciência... mas nestas coisas acho que sofre mais do que se fosse romântico”.
Quando está sozinha, na sua casa, Jô diz que pensa muito no dia de amanhã: “Custa-me a dormir e enquanto o meu marido dorme, penso muito.“
Para além do apoio e carinho do marido, a mulher do empresário tem contado com inúmeras manifestações de carinho de amigos, que lhe enviam mensagens e até presentes de todo o mundo.
Questionada sobre se se arrepende de não ter sido mãe, Jô respondeu: “Já me arrependi, mas não é um arrependimento assim... Quando conheci o Álvaro, nós viajávamos muito, muito. Todos os meses, saímos, fazíamos aquelas viagens de carro por França, Itália, sem tempo para voltar.
Quando disse ao Álvaro: ‘Gostava de ter um filho’, ele respondeu-me: ‘Já tenho dois filhos, a Rita e o João. Para termos um filho, vamos ficar impedidos de viajar... Não tinha grande gosto, porque senão insistia naquilo com ele... A minha vontade não era muita de ter filhos, porque senão tinha tido”, confidenciou no programa.