O Tribunal de Instrução criminal (TIC) de Lisboa decidiu não levar a julgamento o antigo vice-presidente do Sporting Paulo Pereira Cristóvão, num processo em que é acusado de corrupção, por obtenção de dados sigilosos de árbitros de futebol.
Em abril 2016, o Ministério Público acusou o ex-dirigente de corrupção ativa, por, supostamente, obter dados sigilosos de quase 200 árbitros de futebol, através de funcionários das finanças, também arguidos no processo, tendo a sua defesa requerido a abertura de instrução, alegando que o seu cliente já estava a ser julgado por estes factos no processo conhecido como ‘caso Cardinal’ e que não poderia ser julgado duas vezes pelos mesmos factos.
Na decisão instrutória do TIC, proferida esta semana e a que a agência Lusa teve hoje acesso, a juíza de instrução criminal deu razão aos argumentos apresentados pela defesa de Paulo Pereira Cristóvão e decidiu não pronunciar o também antigo inspetor da Polícia Judiciária.