O caso remonta a 2007 quando Manuel Pinto Coelho denunciou «situações nebulosas» que se passam no Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT).
No dia 5 de Março de 2007, o médico, conhecido por trabalhar na área de recuperação de toxicodependentes, apontou o dedo a três pessoas num debate no programa «Prós e Contras», da RTP 1.
«Na altura, disse que não fazia sentido que o psiquiatra Nuno Silva Miguel, o psiquiatra Rodrigo Coutinho e a doutora Emília Leitão, desenvolvessem a mesma actividade no sector público e no sector privado. Disse e repito que há uma grande promiscuidade nisto.»
Os médicos citados trabalhavam, simultaneamente, para o IDT, uma entidade pública, e para uma entidade
privada, a Associação de Recuperação de Toxicodependentes Ares do Pinhal. Depois do programa «Prós e Contras», o médico apresentou queixa na Procuradoria-Geral da República, ainda em 2007.
Cerca de um ano depois, começaram as ameaças: «No âmbito desse processo, várias pessoas começaram a ser
ouvidas e, à medida que eram interrogadas, eu fui recebendo
ameaças. Isto começou há cerca de um ano. Ou seja, comecei a receber essas mensagens depois de ter participado ao Ministério Público uma situação que me pareceu, do ponto de vista do interesse público, questionável a vários títulos.»
Para o médico, existe uma relação entre as duas coisas: «É a única razão possível. A vida corre-me bem, não tenho problemas com ninguém, não existe nada que possa provocar algum tipo de animosidade, portanto é a única situação que pode consubstanciar as ameaças.»
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