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Prémios Amália distinguem Teresa Tarouca e Maria Bethânia
Maria Bethânia Fotos: João Cabral
Redação Lux em 27 de Julho de 2013 às 10:34
A fadista Teresa Tarouca, 71 anos, foi distinguida com o Prémio Amália Rodrigues, na categoria Carreira, e a cantora Maria Bethânia na categoria Internacional, divulgou a Fundação Amália Rodrigues.

A lista de premiados inclui o guitarrista Carlos Gonçalves, com o Prémio Compositor, as fadistas Gisela João e Maria da Nazaré, respetivamente com os prémios Revelação e Intérprete, Vasco Graça Moura com o Prémio Autor, e Jaime Santos Jr. com o de Melhor Instrumentista.

O Prémio Álbum do Ano foi para «Fados de Amor», de Rodrigo Costa Félix, e o de Divulgação para a Rádio Alfa, de Paris.

O júri, presidido pelo poeta Tiago Torres da Silva, atribuiu este ano um novo prémio, Prémio Saudade, à fadista Hermínia Silva, falecida em 1993, e um Prémio Especial ao construtor de cordofones Óscar Cardoso.

Em 2006, o júri da 2.ª edição dos prémios decidiu entregar um Prémio Especial ao cantor e compositor da Música de Coimbra, Fernando Machado Soares.

Teresa Tarouca, criadora de fados como «Cai chuva do céu cinzento» e «Testamento», respetivamente dos poetas Fernando Pessoa e Alda Lara, foi este ano agraciada pelo Presidente da República com a Ordem do Infante e os jurados do Prémio Amália consideraram que «seria uma ingratidão esquecê-la».

Maria Bethânia, que há três anos cantou numa missa em memória de Amália, foi distinguida pela «sua aproximação ao fado» e pelo «respeito e dedicação» à fadista portuguesa.

Carlos Gonçalves, 75 anos, acompanhou Amália Rodrigues nos últimos anos da carreira e compôs vários fados para o seu repertório, como «Amor de Mel, Amor de Fel», «Grito» e «Lágrima», entre outros, e mais recentemente «Mar de Amália», para a voz de Manuela Cavaco.

A Gisela João, que editou no mês passado o primeiro álbum, no qual registou alguns temas do repertório de Amália, como «Maldição» e «Sei finalmente», desejam os jurados «um futuro brilhante».

Maria da Nazaré, 67 anos, começou a cantar ainda jovem e aos 17 anos foi contratada pela então Emissora Nacional, onde participou no popular programa «Serão para trabalhadores». A fadista de «inegável qualidade», como afirma o júri, foi distinguida em 2003 com o Prémio Carreira pela Casa da Imprensa.

Vasco Graça Moura, distinguido com o Prémio Autor, tem sido um poeta interpretado por fadistas como Cristina Branco, Mísia, Mariza e Ana Sofia Varela, entre outros, sublinhando o júri o seu contributo para a arte fadista.

Jaime Santos Jr., filho de Jaime Santos, instrumentista que acompanhou Amália Rodrigues, é apontado como «um dos maiores executantes de viola de fado da sua geração», escreve o júri.

Justificando o Prémio Álbum do Ano para «Fados de Amor», de Rodrigo Costa Félix, o júri refere «a evolução do intérprete», a «cuidadosa escola do repertório poético/musical» e o facto de a revista norte-americana «The Atlantic» ter apontado o tema «Amigo aprendiz», de Tiago Bettencourt, como «uma das melhores baladas do ano de 2012».

Hermínia Silva, que interpretou êxitos como «Fado da Sina», «Fado da cigana», «Fado Golegã» e «É tão fresca a melancia», é recordada com o Prémio Saudade, salientando o júri «a admiração de Amália Rodrigues» por Hermínia Silva, com a certeza de ser este um prémio que a criadora de «Povo que lavas no rio», «gostaria de entregar».

O júri, presidido por Tiago Torres da Silva, foi constituído pelo músico e produtor discográfico Carlos Manuel Proença, a fadista Ada de Castro, o escultor Francisco Simões e a locutora Dina Isabel.

Os prémios serão entregues no dia 02 de outubro, durante a VIII Gala Amália, no Teatro S. Luiz, em Lisboa.

LUSA
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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