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Nacional
Redação Lux em 25 de Abril de 2012 às 12:47
25 de Abril: «E Depois do Adeus» abre sessão solene
Foi com um «E Depois do Adeus» cantado à capela por Paulo de Carvalho que o Parlamento iniciou a sessão solene de comemoração do 25 de Abril, pintada de vermelho pelas gravatas, os vestidos e os cravos na lapela.

Com as ausências do ex-Presidente da República Mário Soares, do socialista Manuel Alegre e dos dirigentes da Associação 25 de Abril mas sem cadeiras vazias, o plenário da Assembleia da República assistiu com sorrisos e rostos de alguma surpresa e emoção à canção que ao fim da noite que há 38 anos abriu caminho à ação dos militares.

Durante pouco mais de dois minutos, as cabeças das centenas de pessoas que encheram o plenário estiveram centradas na tribuna mais à esquerda da sala das sessões, onde Paulo de Carvalho cantou de cravo vermelho na mão na mão esquerda.

Na bancada do Governo, quase todos os membros do executivo tinham cravo na lapela do casaco, incluindo o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, que chegou sem a flor emblemática da Revolução mas que assistiu já de cravo à sessão solene.

Sentados lado a lado, também o Presidente da República e a Presidente da Assembleia da República usaram o vermelho - Cavaco Silva na gravata e Assunção Esteves no cravo ao peito -, e nas bancadas parlamentares apenas na do CDS-PP não se via a «flor de Abril».

Sob o compasso de um rigoroso protocolo, convidados, embaixadores e as mais altas figuras do Estado foram recebidos na entrada principal do palácio da Assembleia da República com as honras militares de quatro pelotões da Força Aérea, da Marinha, do Exército e da GNR.

Na sala dos Passos Perdidos, pouco antes das 10:00, já várias dezenas de convidados conversavam entre si enquanto aguardavam que as portas do plenário fossem abertas ao minuto certo, respeitando o «guião» da cerimónia escrupulosamente.

No final da sessão solene, depois de tocado pela segunda vez o Hino Nacional e já na Escadaria Nobre da Assembleia da República, os convidados escutarão «Grândola Vila Morena», a contra-senha da Revolução que Zeca Afonso cantou já na madrugada de 25 de Abril de 1974.

Lusa
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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