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Nacional
Gonçalo Ferraz: Pai divulga informação nos países vizinhos
Gonçalo Ferraz Foto: Facebook
Redação Lux em 19 de Maio de 2012 às 19:28
O pai do jovem estudante português que desapareceu na madrugada de 11 de maio, após saltar para o Danúbio, pretende divulgar informação sobre o filho nos países percorridos pelo rio na esperança de o encontrar.

Miguel Ferraz disse hoje à agência Lusa que a probabilidade de encontrar o filho com vida é «baixíssima», mas confessou que ainda tem uma réstia de esperança.

«Há uma baixíssima probabilidade de, por qualquer razão, ele ter conseguido sair do rio e é nessa hipótese em que me quero concentrar», disse o pai do estudante de Erasmus, que se encontra na Hungria desde que o filho desapareceu.

O Danúbio percorre uma série de países e há histórias de pessoas que são arrastadas, entre outras situações, disse, confessando que a sua «única esperança» assenta nesta hipótese.

«Ele pode ter ficado inconsciente, saído do rio, pode estar amnésico ou encontrar-se nalguma situação que não podemos prever», sublinhou.

Por esta razão, Miguel Ferraz, a família e os amigos têm divulgado informação aos húngaros e agora aos países limítrofes na esperança dele «estar num sítio qualquer».

Gonçalo Ferraz e um jovem francês saltaram para o Danúbio, mas enquanto um conseguiu nadar até à margem, o outro não voltou a ser visto.

Desde essa altura, estão a ser realizadas buscas para encontrar o jovem, de 22 anos, no rio e nas margens.

«Entendo que, sem indício algum, o que se pode fazer é passar palavra. É isso que pretendo fazer, estando consciente que a probabilidade de o encontrar é muito baixa».

Estes dias têm sido vividos como «muito sacrifício e muita dor», disse.

«A única coisa que nos anima é a coragem que ganhámos e a vontade de o encontrar, procurando e falando com as pessoas», contou.

Os pais de Gonçalo foram para a Hungria no dia do acidente. Familiares e amigos mais próximos também estão no país para ajudar a divulgar o caso, junto das universidades e de várias instituições.

«A polícia tem dado um apoio extraordinário», assim como a embaixada portuguesa, cujo auxílio tem sido «muito acima de qualquer expetativa».

A polícia de Budapeste já informou que não há indícios de crime no caso do jovem estudante português, após terem surgido notícias que apontavam para a hipótese de o jovem ter conseguido chegar à margem, tendo sido depois raptado.

O estudante francês disse, entretanto, aos agentes da polícia que os dois se atiraram ao rio porque queriam nadar.

Uma funcionária da embaixada de Portugal na capital da Hungria dissera antes à Lusa que o jovem português saltou para o rio a partir de uma ponte no centro da cidade, com cerca de 10 metros de altura.

O incidente aconteceu depois de o estudante, bolseiro do Instituto Superior de Gestão, sair de uma festa de estudantes Erasmus.

Lusa
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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