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Nacional
Evelise Moutinho em 24 de Maio de 2017 às 18:00
Ana Sofia Martins: '“Os 30 trouxeram-me alguma dor'
1/4 - Ana Sofia Martins - Evento Welcome Summer da Calzedonia Foto: Tiago Frazão/Lux
2/4 - Ana Sofia Martins - Evento Welcome Summer da Calzedonia Foto: Tiago Frazão/Lux
3/4 - Ana Sofia Martins - Evento Welcome Summer da Calzedonia Foto: Tiago Frazão/Lux
4/4 - Ana Sofia Martins - Evento Welcome Summer da Calzedonia Foto: Tiago Frazão/Lux

Aos 30 anos, Ana Sofia Martins não esconde que está a viver uma fase de enorme descoberta e crescimento pessoal. O que nem sempre acontece de forma pacífica, como confessou aos jornalistas durante a festa Welcome Summer da Calzedonia, a marca italiana da qual a atriz é embaixadora pelo terceiro ano consecutivo.

“Os 30 trouxeram-me alguma dor, porque pela primeira vez estou a permitir-me sentir as coisas como elas são. Há conflitos, mas são necessários, fazem-me sentir viva. Não tem tudo de ser perfeito, vivia muito nessa busca para que as pessoas gostassem de mim. Claro que todos apreciamos que gostem de nós, mas se não gostarem de mim não faz mal. Isso só agora aconteceu e é a aceitação da minha pessoa, com muitas arestas por limar. Estou a crescer!”, assegura.

Para trás está o passado difícil, marcado pelo crescimento num bairro social e o abandono da mãe.

“Aos 15 anos achava que sabia tudo, aos 18 também, mas podia aprender umas coisas, e agora, aos 30, acho que não sei mesmo nada e quero imenso aprender. Acho que sempre me escudei no facto de ter tido uma vida difícil e usava isso como justificação para alguns comportamentos. Agora penso: ‘Tiveste uma vida difícil, mas já foi lá atrás, já passaram 15 anos entretanto. Que tal uma evolução?!’ Hoje, raramente falo nisso, porque não serve de nada e está arrumado numa gaveta que sinto que não vou abrir mais…”, diz.  

Uma nova atitude e segurança que lhe permitem agora, três anos depois de se ter estreado na representação no papel de Mara da novela da TVI, “A Única Mulher”, não duvidar do seu talento, apesar de ter vindo do mundo da moda.

“Sinto-me atriz, ponto. Quero lá saber o que é que os outros vão achar.” É nesse sentido e com o objetivo de aprender e ser melhor atriz que deseja ‘mudar-se’ para Espanha mal terminem as gravações de “Ouro Verde”, onde dá vida à vilã Vera Andrade.

“Quando acabar a novela quero desaparecer, estou farta de mim. Novelas tão cedo não e isto não é cuspir no prato onde como, mas preciso de um intervalo e de viver. Esta personagem está a dar-me algo bom, que é ter algum tempo livre, e estou a fazer coisas que não fazia há muito tempo: viajo, estou com os meus amigos, ando de patins, vou à praia… Sinto que entre os 27 e os 30 vivi dentro de um aquário que foi a fase Mara. Como me dediquei a 100% – e não me arrependo nada, valeu o esforço –, sinto que deixei de viver muita coisa, prescindi até de mim”, explica.

Questionada sobre se há tempo para o amor nesta fase, a atriz, que terminou recentemente o namoro com o basquetebolista do Benfica Tomás Barroso, mostra-se serena:

“O amor não se procura, acontece. Se acontecer vou ficar muito contente. Se calhar também devo intimidar um bocadinho as pessoas. Tenho a consciência que a minha personalidade não é a mais adorável de todas, mas também não sou a pior pessoa do mundo. Às vezes, as pessoas criam uma ideia de nós que não corresponde à realidade e eu não quero 
namorar alguém que esteja a namorar com a Ana Sofia das novelas. Quero alguém que me aceite como sou e isso não é fácil”, avança.

Para já, muito do seu tempo é dedicado aos meninos da Casa de Acolhimento Mão Amiga, de que se tornou madrinha oficial e para quem está em campanha para conseguir comprar uma carrinha nova: “Já só faltam €11.500. Nem acredito, estou muito feliz. Estas crianças têm-me dado muito e este é o melhor presente que lhes posso dar!”, confessa.

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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