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Nacional
Nair Coelho em 11 de Janeiro de 2017 às 12:10
Catarina Furtado regressa com temporada de 'Príncipes do Nada': 'Sei que esta é a minha missão'

Dez anos depois de ter dado os primeiros passos naquele que se tornou um dos projetos mais importantes da sua carreira, Catarina Furtado volta a apresentar mais uma temporada do programa “Príncipes do Nada”.

“Estar vivo e partilhar a mesma terra, só faz sentido se de facto conhecermos as várias realidades e estivermos atentos aos outros. Dar e receber. A prática da tolerância e da verdadeira solidariedade faz bem à saúde. Todos 
precisamos de bons exemplos. O umbiguismo conduz  à solidão. E os ‘Príncipes do Nada’ têm como missão mostrar que apesar do mundo estar do avesso, há esperança”, afirma Catarina Furtado que acrescenta: “Gosto de me sentir um veículo do bem, gosto de dar a voz a quem realmente contribui para a melhoria da qualidade de vida de milhares de pessoas.”

Por sempre acreditar que o programa “poderia existir sem tempo determinado”, Catarina estreia agora a quarta série, com dez episódios, que nos trazem realidades de países como Moçambique, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Timor-Leste, desta vez com o apoio especial.

“Desta vez temos um fundamental apoio do Camões - Instituto da Cooperação e da Língua e por isso fomos a alguns países de expressão portuguesa onde o Camões, através de ONG’s, tem muitos projetos no terreno.”

Sobre o que esta experiência poderá ter mudado na sua maneira de ser, Catarina Furtado é clara: “Não terá mudado muita coisa na medida em que eu já lá tinha a sementinha, fruto da educação, e depois pela experiência de embaixadora de Boa Vontade do Fundo das Nações Unidas para a População (há já 16 anos). Mas sem dúvida nenhuma que me fez crescer, conhecer o mundo e perceber que este é mesmo o meu caminho enquanto comunicadora mas também enquanto mulher, mãe e cidadã.”

Se, por um lado, enriquece com as histórias de vida das pessoas que conhece nestas viagens, Catarina Furtado não deixa de se emocionar com realidades que continuam a existir, como a dos albinos:

“Foi um choque ouvir na primeira pessoa os relatos de medo que algumas pessoas com albinismo partilharam comigo. São mortos por crenças que têm urgentemente de desaparecer.“

Outra das situações que mais a continua a impressionar é a das meninas e raparigas, que, segundo ela, “são mesmo as maiores vítimas de exclusão social, de discriminação, do não acesso a serviços de  educação, saúde (saúde sexual, reprodutiva e planeamento familiar). São sempre aquelas que são deixadas para trás, que ficam impossibilitadas de ter direito a escolhas e oportunidadesque poderiam contribuir para o desenvolvimento até da sua própria família, comunidade e país.”

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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