O 26.º livro de Helena Sacadura Cabral foi apresentado pela escritora Maria João Lopo de Carvalho, a qual Helena chegou a querer que fosse sua nora. Porém, quando o seu filho Miguel Portas chegou com umas sandálias “horrorosas”a um encontro organizado pela mãe, que queria funcionar como cupido, depressa a potencial pretendente lhe deu uma cotovelada e lhe disse: “É muito bonito, mas aquelas sandálias...”

De qualquer forma, desde aí, as duas amigas tratam-se por “norinha” e “sogrinha”, e gostam muito uma da outra. Por isso, tinham de estar as duas juntas a apresentar o livro “Gosto de Gostar”. “Gosto de gostar da gargalhada da Helena. É a rainha suprema das boas gargalhadas”, esclareceu Maria João Lopo de Carvalho, no El Corte Inglés de Lisboa. Todavia, esta obra de “afetos”, como admite a autora, é dedicada ao amigo Nicolau Breyner.

“Era a pessoa com quem mais me ria. Foi das pessoas mais afetuosas que conheci. E nunca houve nada entre nós – conheci as mulheres todas do Nicolau. Mas dava-me sempre um abraço muito afetuoso. Portanto, ele merece isto”, justificou Helena Sacadura Cabral, explicando que “a partir do luto do filho, já não há mais lutos... há perdas, há saudades, há uma saudade dos amigos que se vão”. Mas mantém-se a necessidade de dizer “gosto de ti”. “Sempre fui uma pessoa que gosta de ser  beijada e de beijar os outros. E isso perdeu-se um bocado. A simples demonstração de carinho sem uma natureza sexual já quase não existe”, lamenta.