Foi no acolhedor ambiente do Clube de Fado, no coração de Alfama, e ao som da guitarra portuguesa, que a Lux e a Seat reuniram um grupo de convidados para celebrar o dia de São Martinho.

Fez-se silêncio para se ouvir cantar o fado numa noite em que o jantar foi tipicamente português, com caldo verde, bacalhau, arroz doce e castanhas assadas. 

Referência da música nacional, Carlos do Carmo não quis deixar de estar presente: “Foi uma iniciativa muito simpática e foi bom ouvir gente jovem. Parte deles eu não conhecia, nem nunca os tinha ouvido cantar, por isso, foi muito agradável ver que há continuidade”.

Habituada a ouvir fado desde criança, Bibá Pitta não esconde o seu gosto por este género musical: “O fado é lindo quando é cantado com sentimento e com alma. Em minha casa tomamos, muitas vezes, o pequeno-almoço a ouvir fado. E quem é que não sabe que o fado é português? O mundo inteiro sabe, e isso é um orgulho enorme.”

Para Rodrigo Costa Félix, o Clube de Fado é quase uma “segunda casa”. No entanto, o fadista confessa que também aprecia outros géneros musicais: “Em casa oiço quase todo o tipo de música e devo ser dos poucos fadistas que ouve muito pouco fado, porque gosto de o ouvir em casas de fado, ou seja, ao vivo: real e cru, como ele deve ser consumido, tipo sushi musical [risos].”

Nesta noite tão portuguesa, até a cantora de jazz Joana Lobo Anta se deixou contagiar pelo estilo musical: “Cresci com o jazz, o blues e o soul, mas adoro desafios e tenho sido aliciada para o fado por causa da minha voz grave e rouca. Fica aqui a promessa de um dia experimentar.”

Já a atriz Rita Frazão, sobrinha de Carlos Zel e do guitarrista Alcino Frazão, assume ter o fado nos genes: “Tenho sangue de fadista.” Ainda assim, prefere não se aventurar na música: “Tenho outra veia artística, cantar… só no duche!”