Letícia Spiller está em melhor forma do que nunca, graças ao Pilates, à dança, a ritos tibetanos, a uma dieta sem glúten e a intervenções cirúrgicas comedidas, que assume sem pudores. Mãe de Pedro, de 18 anos, fruto do casamento com o ator Marcello Novaes, e de Stella, de 5, da relação com o diretor de fotografia Lucas Loureiro, a atriz esteve em Portugal e conversou com a Lux durante um passeio pelo centro histórico de Lisboa.
Lux – Acredita que a cada sete anos a sua vida muda de ciclo. Quer explicar-nos melhor?
Letícia Spiller – Sim, acho que estou num “sexto setênio” [dos 35 aos 42 anos], que é muito considerável na vida de uma mulher. É o auge da feminilidade, o auge da mulher. Estou a viver muita coisa boa, tanto profissional como emocionalmente. Acho que é um ciclo muito significativo.
Lux – Quais são os segredos da sua boa forma física?
L.S. – Não dá para deixar de fazer exercício. Faço Pilates e aulas de dança, e pratico os cinco ritos tibetanos, inspirados no livro “A Fonte da Juventude”. Na verdade, são seis ritos, mas, como sou jovem, não consigo praticar o sexto, que é a abstinência sexual! [risos] Depois, há aquele ritual de tirar a maquilhagem, que dá preguiça e é um pouco chato, mas não durmo sem a tirar. Tiro sempre, limpo a pele, hidrato e coloco protetor.
Lux – Tem algum cuidado especial com a alimentação?
L.S. – Pela primeira vez na vida, aos 40 anos, fui ao nutricionista porque comecei a ter má digestão e taquicardia, numa altura em que produzi uma longa-metragem ao mesmo tempo em que estava a fazer uma novela. Percebi que várias coisas que comia me faziam mal. O organismo não estava a absorver os minerais. Então, excluí o glúten, algumas leguminosas, feijão e lentilhas, que adoro mas não posso comer, e melhorei muito.
Lux – Como é a sua relação com a cirurgia estética? Mudaria alguma coisa?
L.S. – Sou a favor, mas só se for sem exageros, sem mudar muito a fisionomia. Talvez um bumbum maior, uma sobrancelha mais afiada... No dia em que se faz a cirurgia, é assustador, mas tudo passa... Acho que se tem de ter cuidado, para não exagerar. Só coloquei próteses aos 39 anos, porque já tinha amamentado dois filhos e tinha pele a sobrar. Ficou supernatural! O meu medo era que não ficasse. Só pedia ao médico: ‘Eu quero que fique um pouco descaído, igual a um peito normal.’ A beleza natural é sempre mais bonita. Se for para fazer um lifting, então que seja muito delicado.
Lux – Lida bem com o envelhecimento?
L.S. – Por enquanto, está tudo bem. Agora, procuro mais fazer terapia, para não ter de alugar o ouvido de alguém [risos], mas espero envelhecer bem. Gosto muito da Fernanda Montenegro, da Nicette Bruno e da Rosamaria Murtinho. Gostaria de chegar assim [à velhice], como elas. Agora eu estou bem, ‘boa pinta’, como dizem... [risos] Se Deus me permitir trabalhar até à idade delas, vai ser uma bênção. Elas têm uma energia maravilhosa. Amo estas três mulheres, e espelho-me muito nelas.
Lux – Como é a Letícia enquanto mãe?
L.S. – Sou muito mãe, muito presente. Adoro estar com os meus filhos, educá-los, estar próxima. Eles já cresceram com esta mãe que trabalha muito desde cedo, estão acostumados à minha rotina, mas faço questão de poder ir buscar a minha filha à escola e de ajudá-la nas primeiras tarefas. Talvez ela seja mais parecida com a mãe, por ser doce, feminina e muito meiga, mas com personalidade. O Pedro está mais virado para a música do que para representar.
Lux – E aqui em Portugal, sente-se acarinhada?
L.S. – Sim! Vários portugueses pedem-me para tirar fotos e dão-me os parabéns pelo meu trabalho. Já vim cá várias vezes: para namorar [risos] e duas ou três vezes em trabalho. Gostaria de conhecer mais, até porque tenho antepassados portugueses, por parte do meu pai.