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Sónia Araújo não comenta notícias sobre alegados “negócios suspeitos”
Sónia Araújo com o marido Vítor Martins e os filhos, Carolina, Francisco e Tomás (1) - Antestreia do musical “A Cinderela no Gelo” 26.11.15 Foto: Álvaro C. Pereira/Lux
Redação Lux em 4 de Dezembro de 2015 às 20:00
O momento era dedicado à família. Junto do marido e dos filhos, Sónia Araújo assistiu à antestreia do musical “A Cinderela no Gelo”, no Mar Shopping, em Matosinhos.

No fim, apesar de ter posado para as objetivas, evitou falar com os jornalistas que tencionavam questioná-la  quanto às recentes notícias sobre os seus “negócios suspeitos”, publicadas pela TV 7 Dias, e confirmados pela Lux. Afinal, além de apresentadora da RTP, onde recebia 11 800 euros mensais (passou em 2015 a receber metade), Sónia é também empresária. Só no ano de 2010 abriu cinco sociedades, quatro das quais auferiram mais de 187 mil euros através de contratos de ajuste direto (sem passar por concurso público) com o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). O mais peculiar é que todas as sociedades, das quais é gerente e que tinham o sogro e o cunhado (irmão do marido) da apresentadora como sócios, apresentam a mesma morada, no Porto. As curiosidades continuam nas datas de constituição: as sociedades Génios Sem Limi­tes, Lda., e Génios Pioneiros,  Lda., foram criadas no mesmo dia, em março de 2010.

Em junho do mesmo ano, também em dia igual, foram abertas as três restantes: Genioaplauso, Lda., Geniocarisma, Lda., e Génios Imbatíveis. Foi precisamente em 2010 que três dessas empresas mais faturaram com o IEFP. Uma delas (a Genioaplauso) quase atingiu o limite dos montantes admitidos por lei para a atribuição de contratos por ajuste direto (75 mil euros). Depois desses contratos públicos, não são conhecidas outras atividades destas sociedades.  Entretanto, quatro delas já foram dissolvidas, uma vez que não apresentavam contas há pelo menos dois anos. A Lux consultou um especialista em direito societário que explicou que, ainda que possam ser questionáveis os timings e a quantidade de contratos que o IEFP realizou com empresas de  uma só gerente, o que importa é  saber se os serviços acordados foram executados, ou se os pagamentos foram feitos sem que tenha havido o cumprimento dos mesmos.

A Lux tentou obter resposta as estas questões, mas Sónia Araújo não atendeu as chamadas e não respondeu às mensagens. A sua agência também não transmitiu qualquer mensagem da apresentadora sobre o assunto. Postura diferente teve quando o marido, Vítor Martins, foi absolvido, em 2012, num processo de crime de burla qualificada, sobre a apropriação de 150 mil euros que lhe tinham sido dados por imóveis que nunca chegou a vender. “A sentença foi aquilo que esperávamos”, disse na altura. Já antes Vítor Martins se vira envolvido num processo  em que teria de pagar 750 mil euros a um empresário do norte por vendas fictícias de imóveis. Nessa altura, em 2005, declarara-se insolvente e impossibilitado de cumprir tal dívida, um ano e pouco depois de o casal ter declarado a separação de  pessoas e bens no seu casamento, salvaguardando o patri­mónio até então constituído. 

No entanto, passados os cinco anos em que esteve proibido de qualquer atividade empresarial, 
voltou a assumir uma posição de gerente, na Cup Skilled Training Academy, Lda. No período em que Vítor Martins assumiu a gerência desta sociedade, o IEFP atribuiu-lhe, igualmente por ajuste direto, contratos no valor de mais de 54 mil euros. 
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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