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Há muitos anos, Virgílio Castelo tomou um caminho diferente do percorrido pelo seu irmão, que acabou por morrer vítima do consumo de estupefacientes.
Nessa altura, outros três primos do ator tiveram o mesmo desfecho. É por isso que as áreas trabalhadas pela associação ABC (comportamentos desviantes) lhe são tão próximas, e também úteis até na forma de educar as suas filhas mais novas, Violeta, de 12 anos, e Sancha, de 7, fruto da relação com Maria Lucena.
“É muito difícil dizer qual é a solução. É um problema delicado, mas com uma única intuição: a maneira de evitar que estes caminhos se tornem perigosos é através de uma via amorosa. Dar muito amor às crianças, aos jovens, para que eles percebam que não estão
sozinhos. Amor e firmeza na demarcação dos territórios. Porque nenhum de nós, em nenhuma idade da vida, pode fazer aquilo que quer. Nada do que elas queiram fazer pode prejudicar os outros. É uma coisa completamente intolerável”, disse o ator, de 63 anos, explicando que muitas vezes o problema não está na educaçãotransmitida.
“Eu e o meu irmão fomos educados da mesma maneira, mas depois háum percurso individual, há a personalidade, que se manifesta desta ou daquela maneira. Há razões pessoais, sociais... As famílias podem ajudar, amparar, mas todos nós, por muito acompanhados que
estejamos, vivemos sozinhos”, acrescentou, esperando que a morte do seu irmão possa servir de exemplo para as suas filhas mais novas: “No caso das mais pequenas, que são as que estão mais vulneráveis, a memória do tio que morreu é muito dura. Mesmo que não o tenham conhecido. De algum modo, isso funciona como uma lembrançaforte e como um aviso para elas…”, concluiu à Lux.