O coordenador do Bloco de Esquerda sublinhou hoje que o eurodeputado do Miguel Portas encarou a vida com «imensa alegria» e «combatividade», dando dessa forma um «contributo para a liberdade», e agradeceu as condolências enviadas ao partido por diversas personalidades.

O eurodeputado e fundador do Bloco de Esquerda Miguel Portas morreu na terça-feira, na Bélgica, aos 53 anos, vítima de cancro.

«A morte de Miguel Portas atingiu-nos não por ser surpresa, era uma longa luta, corajosa, contra uma doença terrível, mas por ter desaparecido injustamente alguém que estava na flor da sua atividade, que encarou sempre a vida com imensa alegria, com imensa combatividade, com imensa ternura, com imensa dedicação, e que fez dessa vida um contributo para a cultura, para a liberdade, para a esquerda e na fundação do Bloco de Esquerda», afirmou Francisco Louçã, numa declaração aos jornalistas hoje, na Assembleia da República.

«Foram estes talvez os anos mais intensos da vida dele, em que concretizou tanto do que queria, das suas palavras, dos diálogos, das pontes, dos convites, da mobilização. É por isso a perda de um amigo, de um irmão, de um camarada que nós sentimos com muito drama», acrescentou.

O coordenador do Bloco de Esquerda agradeceu ainda «as palavras de simpatia e as condolências» enviadas ao partido por personalidades e entidades como o Presidente da República, o primeiro-ministro, os grupos parlamentares, o secretário-geral do PSD, os anteriores chefes de Estado Jorge Sampaio e Mário Soares, o ex-candidato presidencial Manuel Alegre e o ex-líder do PSD e comentador político Marcelo Rebelo de Sousa.

«Enfim, de tantas pessoas que em Portugal e na União Europeia se juntaram ao Bloco de Esquerda e à sua família neste momento», sublinhou, lembrando que já hoje o Parlamento Europeu cumpriu um minuto de silêncio em evocação de Miguel Portas.

Francisco Louçã deixou ainda «uma palavra» para «os dois filhos do Miguel, para o irmão, Paulo Portas, de quem era tão amigo, para a Catarina Portas, irmã, para os pais» e «para os seus camaradas».

Lusa