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Nacional
Sócrates ameaça processar quem invocar o seu nome
Sócrates demite-se (Reuters)
Redação Lux em 22 de Maio de 2012 às 18:32
José Sócrates anunciou, após a sessão desta terça-feira do julgamento do caso Freeport em que foi ouvido o ex-administrador do outlet Alan Perkins, que vai responsabilizar judicialmente quem abusivamente invocar o seu nome.

«José Sócrates não deixará de responsabilizar judicialmente quem abusivamente invocou ou venha a invocar o seu nome para obter vantagens ilícitas de qualquer natureza», garante Daniel Proença de Carvalho, advogado de José Sócrates, em nota enviada à Agência Lusa.

Proença de Carvalho salienta, a propósito, que na sessão de julgamento do chamado «caso Freeport» a testemunha Alan Perkins terá relatado uma conversa com o arguido nesse processo Charles Smith, na qual este «terá produzido afirmações pondo em causa o bom nome do engenheiro José Sócrates», ministro do ambiente à data do licenciamento do outlet de Alcochete.

«As afirmações atribuídas ao Charles Smith são falsas e difamatórias. Quando a gravação de tais afirmações foi conhecida, José Sócrates apresentou, em 3 de Abril de 2009, queixa contra o autor dessas falsas afirmações, que deu origem a inquérito criminal, que terminou com o arquivamento do processo», lembra o advogado, adiantando que o Ministério Público entendeu que o crime imputado ao consultor e arguido Charles Smith «estava prescrito».

A nota de Proença de Carvalho surge depois de, na audiência de hoje, o antigo administador da Freeport ter dito que o então o ministro do Ambiente terá recebido «pagamentos ilegais» para a viabilização do outlet de Alcochete.

Alan Parkins, administrador da Freeport entre 2005 e 2006, disse por videoconferência que o arguido Charles Smith o informou, em reunião realizada no Mònaco, em janeiro de 2006, que o então ministro do ambiente recebeu pagamentos ilegais para a obtenção da licença ambiental para o outlet de Alcochete.

No seu depoimento, Perkins nunca referiu diretamente o nome de José Sócrates, mas o cargo que este ocupava na altura, ou seja o de ministro do ambiente.

Adiantou também que a licença ambiental que viabilizou a construção do Freeport, em março de 2002, foi obtida mediante «o pagamento de 150 mil libras esterlinas, o equivalente a 200/220 mil euros».

Lusa
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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