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Telma Monteiro «triste», mas de «consciência tranquila»
Telma Monteiro eliminada dos Jogos Olímpicos
Redação Lux em 30 de Julho de 2012 às 11:38
A judoca portuguesa Telma Monteiro, que era uma das candidatas às medalhas, afirmou esta segunda-feira que sai «triste» dos Jogos Olímpicos Londres2012, mas de «consciência tranquila» apesar de ter sido eliminada no primeiro combate na categoria de -57 kg.

«Muitos atletas ficam de fora, eu também fiquei, mas saio de consciência tranquila, por tudo o que dei ao meu país. Mas sobretudo pela forma digna e honrada como ao longo dos anos lutei pelo meu país. (...) Tenho a certeza de que não há ninguém mais triste do que eu», afirmou campeã da Europa.

Terceira no «ranking» mundial e segunda cabeça de série, Telma Monteiro perdeu com a norte-americana Marti Malloy, por yuko, no ponto de ouro, depois de o tempo regulamentar do combate ter terminado sem qualquer vantagem.

«Sabia que ia ser combate equilibrado, era a quarta vez que nos encontrávamos e das outras vezes não foi fácil. Quando um combate é equilibrado, as coisas podem pender para os dois lados. Eu ia encarar este combate como uma final e foi o que fiz, mas a determinado momento pendeu para o lado dela, quando já não havia volta a dar», explicou.

Em três confrontos anteriores, Telma Monteiro, de 26 anos, derrotou sempre a norte-americana, mas sublinhou que «não se pode pensar que se é melhor, é preciso ser melhor dentro do tapete».

«É duro saber que dei tudo durante quatro anos, que me superei, venci a mudança de categoria, das regras, que ganhei tantas medalhas por Portugal... Tenho tantos portugueses a apoiar-me, e gostava de lhes ter dado um dia diferente», acrescentou melhor judoca portuguesa de sempre, três vezes vice-campeã do Mundo.

Telma Monteiro, que era maior esperança de Portugal para obtenção de uma medalha olímpica, garante que deu «tudo o que tinha para dar» e que se entregou de «corpo e alma, não só hoje mas sempre, ao logo de todos estes anos».

«Isto é um ciclo que termina, um ciclo espetacular. Infelizmente, o último dia do ciclo não foi o melhor. Foi um ciclo de muitas vitórias, muitas alegrias. Agora, é um tempo de reflexão, tal como fiz a seguir a Pequim. Não me vou abater. O que não me mata torna-me mais forte e nos próximos quatro anos vou dar tudo e voltar às vitórias», finalizou.

Lusa
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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