Maria Macedo, que há 12 anos perdeu o filho numa noite de praxes na Tuna da Universidade Lusíada, em Famalicão, partilha a mesma dor dos pais dos 6 jovens que morreram no Meco, em dezembro.
«É o reviver de um filme que passa todos os dias pela minha cabeça», contou ao «Diário de Notícias» esta mãe, que perdeu o filho, Diogo, com apenas 22 anos.
À semelhança do que acontece com os pais das vítimas do Meco, também Maria continua sem saber quem foram os culpados pelo trágico desfecho da vida do filho, mas não desiste de descobrir a verdade.
«Vou só à tuna resolver a minha vida». Terão sido estas as últimas palavras de Diogo. Desde então, ter-se-á erguido um muro de silêncio sobre o sucedido.
«Nós, pais, pagámos o passaporte para a morte dos nossos filhos. Nós andamos anos a pagar o passaporte para a morte dos nossos filhos. Eles [instituições do ensino superior] só veem números, não veem a parte humana», desabafou Maria.