PUB
PUB
Nacional
Vasco Graça Moura recebe prémio da Casa de Mateus
Graça Moura não sabe futuro de Museu Berardo
Redação Lux em 27 de Junho de 2013 às 09:05
O escritor Vasco Graça Moura, foi distinguido com o Prémio Morgado de Mateus 2013, e disse à Lusa ter sentido «grande surpresa e grande contentamento» com a atribuição deste galardão, pela Fundação da Casa de Mateus.

«Não contava, de todo, com o prémio, mas é muito gratificante», disse o autor, referindo que teve uma longa ligação à Fundação Casa de Mateus e este prémio é uma espécie de «chave de ouro» a encerrar essa relação.

O Prémio Morgado de Mateus - criado para distinguir o conjunto da obra de um autor - foi instituído em 1980, ano em que foi atribuído ex-aequo a Miguel Torga e Carlos Drummond de Andrade, e não voltou a ser entregue, até este ano.

«Durante anos e anos, tive uma ligação ao trabalho da Fundação e do próprio Prémio D. Dinis, a cujo júri pertenci. Este Prémio Morgado de Mateus foi recriado, julgo eu, para remate de um ciclo», apontou o escritor de 71 anos, nascido no Porto.

Vasco Graça Moura, escritor, tradutor, ensaísta e atual presidente do Centro Cultural de Belém, disse ainda que «não contava nada» com a opção do júri para a entrega deste prémio de reconhecimento de mérito literário e cultural: «Até me deixa embaraçado».

O júri do Prémio Morgado de Mateus 2013 foi constituído por Eduardo Lourenço, Vítor Aguiar Silva e Nuno Júdice, e atribuiu-o, por unanimidade a Vasco Graça Moura, pelo conjunto da sua obra.

«São três nomes absolutamente indiscutíveis e portanto fico muito feliz com esta atribuição», apontou o autor que, em fevereiro deste ano, celebrou 50 anos de vida literária, marcados por uma vasta criação na tradução, romance, poesia, ensaio e crónica.

Entre outros galardões, Vasco Graça Moura recebeu a Ordem de Santiago da Espada, o Prémio Pessoa, o Prémio Vergílio Ferreira e o Prémio de Tradução 2007 do Ministério da Cultura de Itália.

Vasco Graça Moura disse à Lusa que, atualmente, está a preparar uma reunião de ensaios e um ensaio em particular sobre a identidade cultural europeia.

A Fundação Casa de Mateus criou também em 1980 o Prémio Literário D. Dinis, que tem sido entregue anualmente a uma obra de poesia, ensaio ou ficção, publicada de preferência no ano anterior ao da atribuição do prémio.

Em 1980, Agustina Bessa-Luís ganhou o prémio ex-equo com Almeida Faria, pelas obras «O Mosteiro» (Guimarães Editores) e «Lusitânia» (Edições 70), respetivamente. Em 2012, ano da última atribuição, foi distinguida Maria Teresa Horta, pela obra «As luzes de Leonor» (Dom Quixote), que se escusou a receber o galardão das mãos do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

Na sequência da cessação de atribuição de apoios públicos à Fundação Casa de Mateus, no censo realizado pelo Governo em 2012, a entidade indicou que a verba de 7.500 euros era destinada ao Prémio D. Dinis e que iria ponderar da sua continuidade.

A sessão de entrega do Prémio Morgado de Mateus 2013 realizar-se-á na Casa de Mateus, em Vila Real, no dia 21 de setembro, pelas 18:30.

LUSA
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
Comentários

PUB
pub
PUB
Outros títulos desta secção