Pelo sexto ano consecutivo, o Salão Preto e Prata do Casino Estoril recebeu a Gala de Prémios da Fundação Luso-Brasileira, noite em que são distinguidas personalidades ou entidades que, no último ano, se destacaram em várias áreas. Esta noite de festa, que aconteceu no dia 18, foi também marcada por uma homenagem ao compositor e cantor brasileiro Chico Buarque, que ainda hoje é uma das maiores referências da Música Popular Brasileira, reconhecido no mundo inteiro. O Quórum Ballet dançou ao som de alguns dos temas de Chico Buarque e a fadista portuguesa Carminho e o cantor brasileiro Bena Lobo interpretaram temas deste nome incontornável da música brasileira.

Este ano os premiados foram a CPLP ¿ Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (Prémio Política e Responsabilidade Social), o Banco Espírito Santo (Prémio Atividade Empresarial) e a atleta brasileira equestre Luiza Tavares (Prémio Revelação).

«No momento em que vivemos, a esperança é muito importante e lembrando um ensinamento dos meus tempos de colégio, não somos só responsáveis pelos erros que cometemos ou pelo mal que eventualmente fazemos. Somos também responsáveis pelo bem que deixamos de fazer e é exatamente por isso que a Fundação hoje atribui um Prémio de Valor Social», afirmou Miguel Horta e Costa, presidente da Fundação Luso-Brasileira, antes de anunciar o vencedor desta nova categoria: a Associação Salvador.

«Este prémio é prova e fruto de muito trabalho que a Associação e eu temos vindo a realizar. E hoje é muito recompensador receber este prémio pelo trabalho que temos desenvolvido pela integração das pessoas com deficiência na nossa sociedade. Mas continua a existir muita miséria e pessoas a quem é negada uma vida ativa. Por isso, é preciso continuar a trabalhar e a lutar», confessou, visivelmente satisfeito, o jovem Salvador Mendes de Almeida, que ficou tetraplégico aos 16 anos, num acidente de moto.

Outro vencedor da noite foi Ricardo Salgado, que também manifestou o seu agrado: «É um prémio que resulta de 35 anos de presença no Brasil, um período longo onde também foram vividas muitas crises. Os brasileiros ensinam-nos muitas coisas e são sempre muito otimistas e o importante é dar a volta por cima e continuar em frente. Há também uma ligação muito afetiva com o Brasil, muitos familiares meus ficaram lá e constituíram as suas famílias e o grupo está lá mesmo para ficar, independentemente das circunstâncias.»