Marcelo Rebelo de Sousa venceu, à primeira volta, as eleições presidenciais de hoje, quando estavam escrutinados 98,77% dos votos, pelas 22:10, segundo os resultados provisórios.
De acordo com os dados divulgados pela secretaria-geral do Ministério da Administração Interna – Administração Eleitoral, Marcelo obteve 52% dos votos, tornando-se no quinto Presidente da República portuguesa desde o 25 de Abril de 1974, e vai suceder a Aníbal Cavaco Silva.
Outros candidatos, como Sampaio da Nóvoa e Maria de Belém, reconheceram a vitória de Marcelo Rebelo de Sousa, que também já reclamou ter sido eleito Presidente.
Marcelo Rebelo de Sousa afirmou querer partilhar com todos "a alegria" da sua eleição como Presidente da República, a partir da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, como gesto de reconhecimento pela instituição onde foi aluno e professor.
"É natural que queira a partir daqui partilhar com todos a alegria desta eleição e a responsabilidade do mandato que os portugueses acabam de me confiar. É um gesto simbólico de profundo reconhecimento para com esta faculdade", declarou.
Marcelo Rebelo de Sousa prometeu ser um Presidente da República "livre e isento" que servirá "todos os portugueses por igual" e, embora saudando os seus antecessores, disse querer ter o seu "próprio estilo".
"Não há vencidos nestas eleições presidenciais. Há portuguesas e portugueses sem exceções nem discriminações. E eu serei a partir de agora o Presidente de todas as portuguesas e de todos os portugueses, porque a Constituição o consagra e porque a minha consciência o dita", declarou.
No seu discurso de vitória, no átrio da Faculdade de Direito de Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa saudou os seus oponentes, o atual e os anteriores chefes de Estado e "os grupos de cidadãos, movimentos e partidos" - PSD, CDS-PP e PPM - que o apoiaram ou recomendaram o voto na sua "candidatura independente", mas reiterou que esses apoios não o condicionam.