PUB
PUB
Nacional
Cristina Iglesias inaugura a sua maior mostra de sempre no Museu Reina Sofia, em Madrid
Redação Lux em 5 de Fevereiro de 2013 às 18:07
Mais de 50 peças, espalhadas por espaços interiores e pelo jardim, integram a exposição retrospetiva da obra escultórica da artista basca Cristina Iglesias, patente a partir de hoje no Museu Reina Sofia, na capital espanhola.

Bronze, ferro, luz e água, fundidos numa obra que vai muito mais além do próprio museu, com fotografias e documentação a mostrar parte da extensa produção da artista, Premio Nacional de Artes Plásticas em 1999, que está em locais públicos em vários pontos de Espanha.

Responsáveis da mostra explicam que, mais que uma cronologia retrospetiva, a mostra pretende ser uma experiência sensorial, com as próprias janelas das salas do museu a servirem - abertas e com a luz natural a entrar - para dar tonalidades às obras.

Uma viagem ao longo de mais de 30 anos de trabalho na qual se fundem, segundo a própria artista, a poesia, a natureza, o ambiente e o urbano.

¿A montagem no museu foi maravilhosa¿, explica a artista, que pretende criar na visita uma ¿experiência nova¿ um ¿despertar dos sentidos.

Objetos de vários tamanhos que se podem ver até nos jardins do Reina Sofia, onde estão as obras mais recentes: três poços que, como explica o catálogo, representam, ¿no fluxo e no reflexo da água¿, um obstáculo para que a obra ¿permaneça fixa em qualquer estado¿.

São poços de granito negro, dominados por um interior "orgânico", com formas de folhas e raízes, por onde escorre, em diferentes tonalidades, a água.

A obra de Iglesias destaca-se pela sua dimensão ¿ foi autora das peças de bronze situadas no edifício de ampliação do Museu do Prado ¿, mas também pela variedade de materiais, nos quais se misturam resina, madeira, vidro e ferro, entre outros.

Para o diretor do Reina Sofia, Manuel Borja-Villel, a obra de Iglesias ¿rompe com o estabelecido¿, promove ¿materiais não convencionais¿ e aposta em ¿outros olhares¿.

Cristina Iglesias expõe regularmente em Portugal, desde o início da carreira, projetada na déca de 1980.

Esteve representada em mostras temporárias da Fundação Serralves, no Porto, em 2012 e 2008, e na Cordoaria Nacional, em Lisboa, em 2004, depois da retrospetiva de 2002, em Serralves, ano em que apresentou "In dreams", com Douglas Gordon, na Galeria Presença, também no Porto.

Em 1998, teve "A Cidade e as Estrelas", na Galeria Luís Serpa, em Lisboa, espaço que acolheu a artista basca desde os anos de 1980, através do projeto Cómicos.

A Galería Municipal de Arte de Faro recebeu igualmente uma mostra individual de Cristina Iglesias, em 1993.

LUSA
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
Comentários

PUB
pub
PUB
Outros títulos desta secção