Portugal registava, até ao final do ano passado, 99 casos de mulheres com mutilação genital feminina (MGF), cerca de metade dos quais realizada na Guiné-Bissau, disse Lisa Vicente, da Direção-Geral de Saúde.
Mais de 50% dos registos, feitos na Plataforma de Dados da Saúde, dizem respeito a mutilações do tipo II [remoção parcial ou total do clítoris e dos pequenos lábios, com ou sem excisão dos grandes lábios], acrescentou a chefe da Divisão de Saúde Sexual, Reprodutiva, Infantil e Juvenil.
As mutilações de tipo I [remoção parcial ou total do clítoris] são as segundas mais observadas, registando-se "alguns poucos casos" de tipo III [estreitamento do orifício vaginal com uma membrana selante, pelo corte e suturação dos pequenos e/ou grandes lábios, com ou sem excisão do clítoris], disse.